História, memória e arte
Esta coletânea reúne textos de especialistas de diversas áreas como Literatura, História, Sociologia, Arte, Psicologia e Direito. A obra foge das consagradas discussões historiográficas, que ressaltam os problemas de adaptação e assimilação do imigrante japonês, para percorrer novos caminhos, valorizando documentos da literatura, da arte, das fontes orais e jurídicas. entre outros, ensejando problemáticas como as da identidade, dos dekasseguis, da reconstrução das memórias e da versão japonesa da imigração.
Francisco Hashimoto é livre-docente em Psicologia e professor de cursos de Formação de Psicólogo e da pós-graduação em Psicologia da Unesp, câmpus de Assis. É autor de dois livros que abordam a questão do imigrante japonês: Sol Nascente Brasil: cultura e mentalidade (Arte & Ciência, 1995) e Ventos de Outono: uma fenomenologia da maturidade (Arte & Ciência, 1998).
Janete Leiko Tanno é doutora em História pela Unesp, câmpus de Assis. Foi bolsista da Fapesp e desenvolveu pesquisas sobre o período Vargas, tratando de temáticas diversificadas como a repressão, as memórias de si e a sociabilidade.
Monica Setuyo Okamoto é doutoranda em Letras pela USP e professora-assistente do curso de Letras (japonês) da Unesp, câmpus de Assis. Publicou, com Maria Fukaso Tomimatsu e Takao Namekata, a tradução da obra: Sôbô: uma saga da imigração japonesa, de Tatsuzô Ishikawa (Ateliê, 2008).
Esta coleção de textos não apenas dá mostras da vastidão de tópicos e estudos relacionados à Revolução, como também atesta o compromisso intelectual de Vovelle com seu objeto, mostrando que a história da Revolução sempre foi para ele um tema vivo e apaixonante. Em momentos como o atual, em que avançam o dogmatismo e o obscurantismo, é mais do que nunca importante travar um combate pela história, e isso, como diz o autor, é também “travar um combate pela Revolução”.
História de instituições escolares, este trabalho é também história da instituição escolar. Baseando-se na reconstituição da história das Escolas Primárias Graduadas do Estado de São Paulo nas duas primeiras décadas republicanas, Rosa de Souza procura atingir um objetivo duplo: por um lado, trata-se de desvendar a cultura escolar que tornou essas instituições modelares; por outro, trata-se de identificar a gramática que as estrutura como modalidade institucional de organização da escola primária.
O volume é uma coletânea contendo textos de Rousseau que dizem respeito diretamente à política e à administração pública. No livro, incluem-se as cartas trocadas entre Rousseau e o conde de Buttafoco, aristocrata e militar que foi adversário político do jovem Napoleão; o texto “Projeto de constituição para a Córsega”, que delineia suas ideias para uma constituição e um plano de governo para o país que então era independente; e “Considerações sobre o governo da Polônia e sua reforma projetada”, que discute uma possível nova constituição para a Polônia, aplicando os princípios elaborados por Rousseau em “Do contrato social” a problemas concretos.
Os Tuyuka fazem parte de um extenso sistema social situado no noroeste da Amazônia. Falantes de uma das línguas Tukano Orientais, convivem aí com seus parentes e aliados, com outros povos de origem Aruak e Maku e, mais recentemente, com brasileiros e colombianos – porque estão habitando nessa fronteira. Este livro trata das relações dos Tuyuka entre si e com os outros. De suas origens na Cobra Canoa, as malocas nas quais foram se transformando, seus nomes e cerimônias, os rios que percorreram e nos quais continuam navegando – essa etnografia percorreu alguns desses caminhos e seus sentidos.
Este livro investiga a busca de alegria, bem-estar e saúde – ou tudo que faz a vida durar – em duas aldeias mbya (guarani) no litoral sul do estado do Rio de Janeiro: Araponga e Parati Mirim. Ao mesmo tempo que analisa a extensa literatura antropológica sobre os Guarani, à luz dos desenvolvimentos mais recentes da etnologia americanista, Elizabeth Pissolato trata de temas como o xamanismo, o parentesco, os cuidados com as crianças e a vida diária, de um modo geral pouco explorados nesse tipo de pesquisa. Sob uma ótica bastante original, que privilegia a experiência individual das relações sociais, com ênfase para os atos e palavras dos próprios Mbya, a pesquisadora se dedica à etnografia dos deslocamentos, examinando as condutas pessoais e os comentários em torno das andanças por lugares. É na mudança frequente de lugar e de perspectiva que os Mbya, de fato, apostariam na conquista de condições renovadas de continuar existindo nesta terra.