Partindo de uma breve reconstrução do caminho que a curiosidade humana trilhou visando entender do que é feita a matéria que nos constitui e se todo o Universo é constituído dessa mesma matéria, o presente livro nos leva, por um lado, a uma visão básica da ciência que trata das regiões mais internas do átomo, ao mesmo tempo que discute procedimentos, já desenvolvidos e em desenvolvimento, para extrair a energia lá contida. O texto dá destaque para as novas perspectivas abertas pela possível utilização da enorme quantidade de energia disponível nos núcleos atômicos, enquanto também aponta para a sempre presente dicotomia entre seu possível uso bélico e o uso para fins pacíficos. À margem dessa dicotomia, o texto enfatiza a necessidade do aproveitamento socialmente consequente da energia nuclear e mostra que ainda há muito por fazer em relação às tecnologias ligadas à sua geração, quer através da fissão ou da fusão nuclear, e à utilização dessa forma de energia de maneira segura.
Diógenes Galetti é doutor em Física pela Universidade de São Paulo e pesquisador nível II da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Celso L. Lima é doutor em Física pela Universidade de Tübingen, livre-docente pela USP e professor associado na mesma instituição.
Teólogo e cientista, Berkeley (1685 - 1753) foi também mestre da prosa inglesa. Suspeitava da linguagem e recorreu à experiência imediata para fundar seu pensamento. David Berman acompanha os passos do experimentalismo de Berkeley – da visão e do tato à experiência da proximidade da morte –, que resultou em instigante mistura de filosofia e psicologia.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
A verdade para Heidegger (1889 - 1976) é essencialmente histórica. Em sua obra Ser e tempo, ele usou a técnica da “análise existencial” para solapar dilemas tradicionais ligados à objetividade e à subjetividade, à racionalidade e à irracionalidade, ao absolutismo e ao relativismo. Jonathan Rée desenvolve esclarecedores argumentos em torno desses debates.
Bertrand Russell (1872-1970) descobriu a matemática aos onze anos. Foi, como posteriormente registrou, uma experiência arrebatadora: "tão inebriante quanto o primeiro amor". A partir daquele momento, seguiria sua paixão com devoção inquebrantável e fervor quase erótico. A matemática poderia vencer onde a filosofia havia falhado, reduzindo o pensamento à sua forma mais pura e libertando o conhecimento da dúvida e contradição. E assim, por algum tempo, pareceu ser. As investigações matemáticas de Russell resolveram sem esforço, de uma só vez, alguns dos mais intratáveis problemas da filosofia. No entanto, se a matemática pode ser uma fonte de liberação, é, também, fonte inconfiável... Analisando o trabalho daquele que é indiscutivelmente um dos gigantes de nossa época, o livro extremamente claro e bem escrito de Ray Monk também nos conta uma história humana: uma tocante história de amor e perda, de extasiante triunfo e profunda desilusão.
Nesta introdução, Scruton frisa que as preocupações de Espinosa (1632 - 1677) eram tão simples quanto subliminares e o redescobre em sua sóbria e compassiva simplicidade. Poucos filósofos mostraram interesse tão franco, persistente e honesto em revelar aspectos essenciais da existência. Questões que deveriam ocupar todo ser humano o guiaram em seu empreendimento metafísico.