Múltiplos olhares
Símbolos, objetos, linguagem e roupas utilizados por tribos juvenis urbanas são estudados neste livro. A análise desses grupos permite observar como essa etapa da vida adquire caráter cada vez mais autônomo, deixando de ser mero preparo para o ingresso na vida adulta. Acompanhados da discussão de temas como acesso à educação, entrada no mercado de trabalho, violência, formação de nova família e possibilidade de aquisição de bens consumo, os segmentos jovens vêm se constituindo em poderosa força a influenciar os rumos das sociedades modernas. O objetivo da obra é pensar como o espaço público urbano se estrutura em sua relação com as culturas dos jovens, pouco reconhecidas como legítimas pelo mundo adulto dominante. Verifica-se ainda como as manifestações das culturas juvenis tendem a proliferar, tornando-se mais complexas e configurando um múltiplo panorama cultural de tendências de formas de expressão da população jovem urbana.
Autor deste livro.
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Quando se trata de leitura de textos literários, o assunto parece envolver uma insolúvel polêmica. As listas de melhores livros, por exemplo, refletem a média dos gostos particulares de algumas pessoas e sempre estão desafiando outros padrões e outros gostos, excluídos de parâmetros supostamente corretos de avaliar a literatura. O livro aborda, corajosamente, algumas questoes polêmicas: como definir literatura? Há bons livros em si? Todos devem apreciar o mesmo tipo de texto? Há uma maneira correta de ler literatura? Defende-se a ideia de que se abra mão empregando um único critério e se passe a compreender cada obra dentro do sistema de valores em que foi criada. Assim, na escola haveria lugar, ao lado a literatura erudita, também para ler e discutir os livros preferidos pelos alunos, considerando os objetivos com que foram produzidos, os gêneros a que pertencem, seu funcionamento textual.
A partir do século XIX, as mulheres passaram a frequentar a escola, foram para a universidade, para o trabalho e para as ruas. Aprender a ler e a escrever trouxe para essas mulheres uma nova rotina de leitura: depois dos livros de reza, vieram os diários, os romances, as revistas femininas, a correspondência, os jornais. Nessa perspectiva, Ana Maria Esteves analisa as práticas de leitura de mulheres, mais particularmente os processos de apropriação da leitura e da escrita de professoras, de mães e de meninas portadoras da síndrome de Down em um Centro de Referência. Trata-se de um estudo de caso, de caráter etnográfico, que clarifica as trajetórias próprias de leitura dessas mulheres que, entre táticas e estratégias, apropriaram-se de maneiras de ler nas relações da oralidade com a cultura escrita e constituíram uma comunidade leitora. Para essas mulheres, a leitura assume uma presença singular no cotidiano e um significado especial em suas vidas.
Reconstruir historicamente o perfil institucional da Escola "Joaquim Ribeiro", de Rio Claro, é o objetivo deste livro. Desse modo, Marilena Guedes analisa a cultura escolar no momento da modernização do Brasil. Esse dispositivo permite à autora recuperar os objetivos educacionais da época e a natureza das relações sociais existentes entre os diferentes sujeitos que lá atuaram.
Neste livro, Vera Helena Massuh Cury mostra sua habilidade no ensino do Contraponto, lançando mão de recursos tecnológicos em sala de aula, com o propósito de aproximar os alunos da produção dos colegas. Os recursos que utiliza permitem que os trabalhos realizados sejam socializados e criticados coletivamente; com eles, os alunos têm oportunidade de compartilhar acertos e enganos, ouvir críticas e criticar, aceitar conselhos e aconselhar, o que, sem dúvida, ultrapassa as necessidades imediatas da sala de aula e caminha em direção à compreensão e à tolerância. Essa postura faz parte dos anseios daqueles que, hoje, se preocupam com a atual crise em que vivemos e com os processos de desumanização do mundo, em grande parte decorrentes da perda de sentidos e significados. Trabalhar de maneira humanizadora é o caminho que a autora escolheu para trilhar, compartilhando seus achados com a comunidade musical e com o leitor interessado. Que outros mais sintam-se inspirados a buscar caminhos semelhantes.
A autobiografia deste notável inventor e engenheiro elétrico, responsável por revolucionárias invenções no campo do eletromagnetismo entre o fim do século XIX e o começo do XX, indica como seu legado de patentes e sua obra teórica formaram a base dos modernos sistemas de energia elétrica, inclusive o sistema polifásico de distribuição elétrica e o motor de corrente alternada, que contribuíram para o desenvolvimento da Segunda Revolução Industrial.