A coligação entre Joaquim Nabuco e a British and Foreign Anti-Slavery Society (1880-1902)
Personagem dos mais importantes na história do Brasil, Joaquim Nabuco é visto neste trabalho de maneira original. A ênfase recai sobre como ele e a British and Foreign Anti-Slavery Society promoveram-se mutuamente. O autor realiza, nesse sentido, um revelador balanço da ação abolicionista de Joaquim Nabuco e de seu trabalho com sociedade antiescravista inglesa para a edificação de sua própria imagem de líder do movimento abolicionista brasileiro.
Antonio Penalves Rocha é professor do Departamento de História da FFLCH-USP, autor de A economia política na sociedade escravista (Departamento de História-USP e Hucitec), Visconde Cairu (Editora 34) e A recolonização do Brasil pelas Cortes – história de uma invenção historiográfica (no prelo, Editora Unesp).
O termo recolonização está envolvido em discussões. Empregado originalmente para designar a intenção das Cortes portuguesas de restaurar o domínio de Portugal sobre o Brasil, causou controvérsia desde o seu aparecimento, sendo aplicado das mais diversas formas, principalmente pelo grupo político que, a partir de de 1822, aliado a D. Pedro I, se tornou dominante no Brasil. Este livro discute como o uso do conceito de recolonização sempre teve fins políticos. A expressão era utilizada e pautgada para justificar as reações contra o intervencionismo luso no Brasil e como argumento nacional para desobedecer às determinações de Lisboa e defender a separação da nação brasileira da portuguesa.
Nesta obra clássica e indispensável sobre o tema da escravidão e dos movimentos abolicionistas dos séculos XVIII e XIX, o autor Seymour Drescher analisa o aparente paradoxo da escravidão em plena era do Iluminismo. Ele confronta os fundamentos políticos e sociais do "princípio de liberdade" da Europa Ocidental com o papel pioneiro e decisivo do continente na globalização tanto da escravidão quanto da abolição da escravatura.
Desafiando uma tradição historiográfica ao colocar as formas de vida camponesas como elemento novo na paisagem brasileira, este livro reúne textos clássicos sobre a realidade do mundo rural. Trabalho de autores já clássicos que pensam a realidade do trabalhador do campo de modo plural e estimulam o leitor a aprofundar seu conhecimento dos debates conceituais sobre a natureza do campesinato nacional.
Revoluções brasileiras, cuja primeira edição é de 1897, é composto de 18 resumos históricos que começam com a história do Quilombo de Palmares e terminam com a Proclamação da República. Sua visão histórica e seu tom radical dão à obra um lugar particular nos estudos da história e da política desse período.
O autor discute o conceito de tolerância verificando como ele se articula, especialmente na realidade latino-americana. Estuda não só os paradoxos que envolvem o conceito de tolerância, seja ele fundamentado no universalismo seja no relativismo cultural, mas também enfoca problemas de ordem prática relacionados à educação.