Neste livro, a autora avalia os papéis desempenhados pelas pequenas cidades na constituição do estado do Paraná e sua inserção no Brasil e no período atual, com uma descrição critica do papel político e econômico dessas cidades. Para isso, atualiza dois conceitos fundamentais – de luminosidade e de letargia, classicamente trabalhados por Fernand Braudel –, discutindo como as pequenas cidades constroem seus espaços e, ao longo do tempo, por razões que lhes escapam ao controle, conhecem períodos luminosos ou, ao contrário, perdem a primazia.
Angela Maria Endlich é graduada em Geografia e especialista em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (PR), onde atualmente trabalha como docente. Cursou mestrado e doutorado em Geografia na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, câmpus de Presidente Prudente (SP). Durante o doutorado, realizou estágio na Universidade de Barcelona.
Em Espaços fechados e cidades, Maria Encarnação Beltrão Sposito e Eda Maria Góes discutem a presença cada vez maior de áreas residenciais de acesso restrito e controladas por sistemas de segurança no Brasil, analisando as implicações desse fenômeno para as cidades médias.
Dessa forma, este livro é produto de uma intensa e forte pesquisa com os camponeses do norte do Paraná. Inicialmente, a autora apresenta um estudo do termo Camponeses, para posteriormente desenvolver os temas da questão agrária, em suas generalidades e singularidades, a monopolização do território pelo capital e as frações camponesas do território, em sua unidade na diversidade.
Esta reunião de artigos de cerca de 40 autores é um convite à reflexão sobre um tema fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas precisas e eficazes: a abordagem integrada das questões urbana e regional. (Co-edição: Anpur - Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional) As discussões sobre a necessidade do estabelecimento de um projeto nacional de desenvolvimento do país, capaz de promover efetivamente as integrações territorial, econômica e social foi a tônica do Seminário Nacional "Regiões e Cidades, Cidades nas Regiões", promovido pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur), entidade que congrega programas universitários de pós-graduação e entidades brasileiras que desenvolvem ensino e pesquisa no campo dos estudos urbanos e regionais e do planejamento urbano e regional. Este livro publica os textos vinculados ao evento que, realizado em 2001 no Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), reuniu aproximadamente uma centena de geógrafos, economistas, sociólogos, antropólogos e profissionais de outros campos do conhecimento empenhados no debate de políticas públicas nacionais para a área regional e urbana do Brasil contemporâneo.
A expansão das favelas e das periferias, o crescimento do tráfico de drogas e as políticas de segurança pública constituem alguns dentre tantos outros problemas urbanos que afetam particularmente as grandes cidades e têm demandado respostas urgentes. Na perspectiva original assumida neste livro, as soluções para tais problemas respeitariam não apenas a visão corrente de um planejamento urbano que se concentra nas mãos do Estado, mas também a ideia de ação descentralizada, em que se atribui à sociedade civil como um todo a responsabilidade por essa tarefa.
Este livro, de Nelson Rodrigo Pedon, fruto do trabalho de diversos pesquisadores, faz uma análise dos movimentos sociais sob a perspectiva geográfica, com base na formulação de movimentos socioespaciais e movimentos socioterritoriais. Quando ainda era estudante de geografia, o pesquisador decidiu investigar a forma como os moradores de um bairro da periferia se organizavam para, em busca de soluções para os problemas locais, chamar a atenção do poder público. Ele então deu início à sistematização de ideias que o induziram a propor uma hipótese: nas relações de poder que os homens estabelecem entre si, o espaço adquire condição de território; dessa forma, a ação política de grande parte da classe trabalhadora envolve a conquista do espaço – e, portanto, a delimitação de seu poder manifestado na forma de território amplia suas capacidades, permitindo maior controle sobre os processos que condicionam suas vidas. A partir dessa formulação e de pesquisas sobre reivindicações populares junto a uma associação de moradores, o autor estabeleceu a relação entre topografia, condições de vida e participação política, imprescindível para que ele pudesse refletir sobre a importância da Geografia na compreensão dos processos sociais, cuja questão fundamental, ele afirma, é essencialmente territorial. “Esta obra pode ser considerada como um esforço de afirmação da identidade da ciência geográfica no conjunto das ciências humanas”, escreve Pedon.