Os desafios ao Ocidente de economias com industrialização tardia
Depois de um século de lutas, uma dúzia de países fora do tradicional eixo desenvolvido (Europa-América do Norte), de experiência manufatureira anterior à Segunda Guerra Mundial, alcançaram a órbita da indústria moderna. A ascensão do "resto" não teve precedentes. Pela primeira vez, países sem o acervo competitivo de tecnologia pioneira básica tornavam-se potências econômicas. Como se firmou a industrialização entre esses tardios ingressantes, por que seguiram novos caminhos e o que alguns países fizeram para avançar mais do que outros são algumas das questões enfrentadas por este livro.
Alice Amsden é professora de economia política no Departamento de Estudos Urbanos Planejamento no Massachusetts Institute of Technology.
Este volume pioneiro reúne uma equipe internacional de historiadores para apresentar a prática da tradução como uma parte da história cultural. Embora a tradução seja essencial para a transmissão de ideias, sua história tem sido geralmente negligenciada pelos historiadores, que a relegaram a especialistas em literatura e línguas. O livro procura compreender as contribuições da tradução para a difusão de informações na Europa Moderna, concentrando-se na não-ficção: a tradução de livros sobre a Religião, História, Política e especialmente Ciência, ou "Filosofia Natural", como era geralmente conhecida nessa época. Os capítulos tratam de diversas línguas, incluindo latim, grego, russo, turco e chinês. A obra atrairá especialistas e estudantes dos períodos Moderno e posteriores, e historiadores da Ciência e da Religião, bem como qualquer pessoa interessada nos estudos da tradução.
Anthony Giddens é o intelectual que mais efetivamente tem contribuído para a discussão sobre a terceira via. Este seu livro, de grande interesse a todos que se preocupam com o futuro da política progressista, apresenta ao leitor o mais abrangente, completo e atualizado apanhado do desenvolvimento central do pensamento político da esquerda.
Passados mais de 500 anos desde a famosa viagem de Cristóvão Colombo, ainda se conserva no imaginário da maioria da população a ideia de que nosso continente fora descoberto. Esta obra é trabalho historiográfico da melhor linhagem e, ao mesmo tempo, um esforço bem logrado de interpretação e crítica. O autor questiona e desconstrói o conceito “descobrimento” e, em seu lugar, propõe “invenção”.
O que nos interessa é justamente a tensão inerente à escolha de um termo extraído da hierarquia das castas para descrever uma sociedade em que a hierarquia se torna ilegítima. Pois se constitui aí o campo semântico que dá à figura do pária sua singularidade “ocidental”, sua historicidade e, talvez, sua perenidade.
Esta obra indispensável de Edward Saíd, ícone da resistência política e cultural da Palestina, é editada pela primeira vez no Brasil. Escrita entre 1977 e 1978 e publicada originalmente em 1979, foi atualizada pelo autor no prefácio à edição de 1992. Nesse texto, Said lembra que entre 1978 e 1992, quando considerava a questão palestina “a última grande causa do século 20”, um mundo novo havia surgido, moldado por inúmeros fatos. No Oriente Médio, a invasão do Líbano por Israel, em 1982, o início da longa intifada, em 1987, a crise e a Guerra do Golfo, de 1990 a 1991, e a conferência de paz de 1991, além da revolução iraniana. No Leste Europeu, a dissolução da União Soviética, na África, a libertação de Nelson Mandela e a independência da Namíbia e, na Ásia, o fim da guerra do Afeganistão. “No entanto, causando estranheza e infortúnio, a questão palestina persiste – sem solução, aparentemente irreconciliável, indomável”, escreveu Said, mudando o tom ligeiramente otimista que imprimiu ao livro.