Cultura capitalista e fetichismo contemporâneo
O mundo moderno, que acredita ferozmente no progresso e esquece o humano e sua aura, tem em Walter Benjamin um de seus críticos mais lúcidos e brilhantes, uma referência para os estudos da cultura e da comunicação. Dentro do vasto campo de trabalho que sua obra inspira, a professora Olgária Matos se detém na concepção benjaminiana da modernidade. Analisando suas obras desde a Origem do drama barroco alemão às Passagens, associa o fenômeno do fetichismo à vida política e ao estado de exceção.
Olgária Chain Féres Matos é professora aposentada do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Sua tese de doutorado Os arcanos do inteiramente outro ganhou o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas em 1990. Publicou diversas obras, entre as quais A Escola de Frankfurt – sombras e luzes do iluminismo (Moderna) e Discretas esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria).
Esta obra aborda a dinâmica da consciência, da percepção e da compreensão dos eventos mentais em sua característica central relacionada à intencionalidade. Sua análise da concepção de pessoa - aquela que temos de nós mesmos, ordinariamente, na condição de seres racionais, livres e responsáveis - situa-se no contexto da pesquisa neurocientífica contemporânea, propondo temas para a ética, no que diz respeito à relação homem-máquina e ao livre-arbítrio. O autor incorpora a estratégia explicativa de elaboração de modelos cognitivistas e de experimentos de pensamento, na forma de histórias ilustrativas, para elucidar questões sobre a natureza das crenças, dos desejos e de vários tipos de experiências mentais.
O projeto neoliberal está sendo desafiado, intelectual e politicamente, de vários lados. Embora insuficiente para abalar as bases estruturais da ordem que chegou a plasmar, esse desafio pode atenuar os aspectos mais perversos das políticas que provêm dessa matriz e abrir espaço para política de natureza diversa. Este livro, que se orgina do Projeto Temático Reestruturação Econômica Mundial e Reformas Liberalizantes nos Países em Desenvolvimento (2003-2007), examina as experiências de reforma econômica nos países periféricos, em suas similitudes e diferenças, como os aspectos do processo envolvente de reestruturação da economia mundial.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.
A formação da identidade nacional moçambicana é aqui analisada por um sociólogo que, além de testemunha, foi protagonista do processo de independência, tendo também ocupado cargos ministeriais. José Luís Cabaço mostra os conflitos culturais, as ideologias e as políticas que moldaram o país africano desde o período colonial até a luta emancipadora dos anos 1960 e 1970, quando opta pelo modelo socialista.
“Pai da filosofia moderna”, Descartes (1596 - 1650) tem merecido toda a admiração que um pai recebe. E todo o ressentimento. A dualidade mente-corpo pode ser o ponto de partida para o entendimento de nossa relação com o mundo. Cottingham dá algumas pistas de como tais obstáculos podem ser superados e mostra que muitos problemas e talvez muitas soluções começam em Descartes.