A Bacia Amazônica é compartilhada por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela, e seus recursos hídricos transfronteiriços são foco de vários projetos de infraestrutura e de exploração econômica. Essas atividades causam contaminação e degradação dessa bacia, revelando a necessidade de governança multiescalar para regular o uso internacional, nacional e local desses recursos hídricos.
Em escala internacional, foram analisadas instituições como a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e as relações entre os Estados que compartilham as Bacia do rio Acre e do rio Napo. Em escala nacional, buscou-se compreender o arcabouço institucional para gestão dos recursos hídricos na Bolívia, no Brasil, no Equador e no Peru, países que compartilham essas duas bacias.
Em escala local, estudou-se a governança das regiões de fronteira das bacias daqueles rios.
Nas análises da cooperação entre esses atores sociais, verificou-se que, apesar da cooperação nas bacias analisadas, a governança ainda é incipiente, e os conflitos socioambientais tendem a se agravar.
Fernanda Mello Sant’anna é doutora em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É professora do departamento de Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Análise de Políticas Públicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Atua também como coordenadora do Grupo de Estudos em Política e Direito AmbientalInternacional (Gepdai).
Os textos selecionados e organizados por Reginaldo Mattar Nasser nesta coletânea apresentam novas perspectivas para o debate sobre conflitos internacionais. As múltiplas dimensões do tema são aqui articuladas em eixos temáticos que vão dos Direitos Humanos, passando pelas mudanças ocasionadas pelos atentados de 11 de setembro e culminando nas questões de segurança pública e segurança internacional.
A coletânea trata das relações que há muito vinculam a Alemanha e os Estados Unidos. O autor reflete sobre a peculiaridade das imbricações entre os países, procurando entender os elementos que atuaram no passado e que possam ainda estar agindo para transformar o futuro desse relacionamento. Isso permite uma compreensão mais profunda dos pontos em que essas duas nações se tangenciam e se distanciam no cenário mundial. A obra, amparada em rica e vasta bibliografia, preenche a lacuna de estudos e propõe-se a abrir portas para trabalhos posteriores sobre a relação entre alemães e estadunidenses.
Em Os Estados Unidos no desconcerto do mundo, Sebastião Carlos Velasco e Cruz retrata um panorama das principais alterações promovidas pela política externa desse país na última década. Em seis ensaios, o autor aborda, por exemplo, os novos dilemas da diplomacia norte-americana e os aspectos que indicam a manutenção, por Barack Obama, da mesma orientação estratégica encampada pelo seu antecessor, George W. Bush.
Este livro apresenta a primeira história intelectual do desenvolvimento dos Estudos de Segurança Internacional (ESI), delineando as forças motrizes que moldaram seus debates e traçando um levantamento sem paralelo de sua literatura e suas instituições. Trata-se de um guia imperdível para todos os estudantes e acadêmicos da área, sejam eles tradicionalistas, da “nova agenda” ou críticos.
Abrangente e rico em informações, este livro aborda dois temas da maior relevância: de um lado, o processo histórico que leva à adoção das reformas econômicas neoliberais na Argentina sob o governo Menem e os rumos seguidos na sua implementação; de outro, a reorientação drástica que se processa na condução da política externa desse país no mesmo período.