Este livro reúne ensaios sobre a história do Brasil a partir da descrição de uma galeria de tipos sociais e de tiques comportamentais que a sociedade brasileira construiu e consolidou para si ao longo do tempo. É, em outras palavras, um livro sobre pequenas permanências, sobre pequenos traços do país e do seu povo que, de tanto serem repetidos, lembrados, discutidos, por vezes cantados em verso e prosa, ganharam ares de verdade e produziram impactos sociocomportamentais mensuráveis.
Jean Marcel Carvalho França é doutor em Estudos LIterários pela UFMG e professor de História do Brasil Colonial na Unesp. Autor, entre outros livros, de Mulheres viajantes no Brasil; A construção do Brasil na literatura de viagem nos séculos XVI, XVII e XVIII; Diário de uma viagem da Baía de Botafogo ao sul do Brasil (1810), de William Henry May; Viagem ao Rio. Cartas da juventude de Edouard Manet (1848-1849); Literatura e sociedade no Rio de Janeiro oitocentista; e Imagens do negro na literatura brasileira.
Este volume reúne vários ensaios sobre o percurso da produção editorial brasileira, durante seus dois séculos de história. Constrói-se assim um retrato multifacetado que expõe as peculiaridades da origem, os desafios do transcurso e o panorama que se descortina para esse elemento essencial da vida cultural do país.
Data de muito tempo no Brasil o início do registro de cenas em película. No entanto, embora tenha havido iniciativas de grande envergadura na área cinematográfica, tais experiências naufragaram em maior ou menor grau entre 1930 e 1966 (ano da criação do Instituto Nacional de Cinema), período investigado mais detalhadamente pelo presente estudo. Em busca de compreender por que o cinema não se desenvolveu aqui na mesma proporção de outros países, a autora recolhe e analisa, a partir dos vestígios desses naufrágios, elementos reveladores e surpreendentes da trajetória da sétima arte em nosso país, na qual o Estado esteve intimamente imbricado. O objetivo do livro não é retraçar a relação entre Estado e cinema no Brasil até o momento presente, mas sim identificar e comparar tal relação em dois momentos políticos distintos, o regime autoritário e a democracia. São trabalhados em detalhe os aspectos políticos relacionados à economia e à legislação cinematográfica. O leitor interessado em cinema brasileiro encontrará nesta terceira edição ampliada do estudo de Anita Simis profunda reflexão e pesquisa sobre o desenvolvimento pregresso do cinema brasileiro, que são preciosos insumos para a análise do atual momento da nossa indústria cinematográfica.
Sempre com a preocupação básica de pensar o corpo humano sob uma perspectiva histórica, este livro traz uma valiosa seleção de textos que, a partir de variadas óticas, abordagens e concepções teóricas, enfocam o corpo ao longo de toda a História do Brasil.
A raiva é um capítulo fascinante na história da ciência e da medicina e é uma doença que acompanha a humanidade desde a Antiguidade. Neste livro, as autoras relatam a história da raiva no Brasil e, durante esse estudo, muitas dúvidas surgiram e as guiaram durante a pesquisa. Os indígenas brasileiros já conheciam a raiva? Como essa doença era vista e tratada nessas culturas? Qual a importância dessa infecção e como era tratada no período colonial e imperial brasileiro? Quais animais estavam envolvidos no ciclo epidemiológico? Os morcegos já eram reservatórios do vírus da raiva quando os europeus chegaram ao Brasil ou a doença foi introduzida pela colonização? Algumas respostas a essas questões foram obtidas em relatos de naturalistas durante viagens por terras brasileiras, revistas médicas, jornais, leis e outras publicações da época em que a doença ainda era chamada de hidrofobia. Nesta obra também são reproduzidas as descrições de receitas milagrosas e os procedimentos curiosos que prometiam a cura da infecção. Este livro dedica especial atenção à história dos Institutos Pasteur no Brasil, das instituições de pesquisa e executoras das medidas de controle da raiva país. Além disso, apresenta a ocorrência e a evolução do conhecimento sobre a doença no mundo e no Brasil ao longo dos séculos e descreve sua situação atual.
O descobrimento do Brasil e a vida dos indígenas aqui encontrados por Cabral são o destaque deste livro, escrito em linguagem acessível e amplamente ilustrado. A importância do trabalho dos arqueólogos, as pinturas rupestres e a cerâmica produzida pelos primeiros povos que habitavam o atual Brasil merecem destaque. O dia a dia dos índios é descrito com precisão científica em parágrafos curtos e informativos, com destaque para as atividades de caça, pesca, dança e canto.