Apesar de considerar seu próprio texto “árido, obscuro...prolixo” e a despeito da forma tortuosa e conteúdo espinhoso, Kant (1724 - 1804) continua importante referência a todo pensador eu atue no campo da filosofia. Walker situa Kant nesse contexto, desvelando o poder de seu pensamento: uma base genuinamente objetiva e absoluta para uma moderna lei moral.
Ralph Walker leciona filosofia no Magdalen College, Oxford. É o autor de Kant e The Coherence Theory of Truth.
Para Marx (1818 - 1883), o ser humano é livre quando produz sem o agulhão da necessidade física. Esta é a natureza essencial de todos os indivíduos. Eagleton nos faz ver que Marx está mais preocupado com a diferença do que com a igualdade e que a liberdade, para ele, implicaria a libertação do trabalho comercial: “superabundância criativa acima do que é materialmente essencial”.
Embora reconhecido como o maior dos filósofos britânicos, Hume tem sido subestimado por uma posteridade relutante. De leitura demasiado fluente e agradável para o establishment filosófico, seus trabalhos também incomodaram pela ousadia e alcance. Daí sua caricatura na tradição. Hume, o escocês apontado como responsável pelos piores excessos dos empiristas ingleses, terminou por ser associado a um ceticismo melancólico e desanimador. Mas seu verdadeiro projeto era muito mais amplo e construtivo. Curta, lúcida e de impressionante abrangência, a cativante introdução de Anthony Quinton desvenda o completo panorama do notável empreendimento de Hume para o leitor mais geral, ao qual ele sempre quis de dirigir. Causação, percepção, crença, história, religião, economia, estética e psicologia... Hume explorou todos esses campos e trouxe contribuições originais a cada um deles. E, como revela Quinton, tudo isso com humor e vivacidade. O maior filósofo das ilhas britânicas foi também seu filósofo mais atrativo.
O filósofo Ayer (1910 - 1989) é mais lembrado por Linguagem, verdade e lógica (1936), que apresentou aos leitores britânicos e americanos o positivismo lógico do Círculo de Viena. Hanfling mostra, nesta introdução às obras de Ayer, como ele, e seu princípio da verificabilidade, transformou essa filosofia num tipo de empirismo britânico, na tradição de Hume.
Como Gideon Calder evidencia nesta introdução clara e acessível, Richard Rorty é um dos mais astutos comentadores filosóficos de nossos tempos. Freqüentemente citado como "pós-modernismo em língua inglesa", seu pensamento constitui uma defesa robusta e multifacetada da afirmação pragmatista de que as idéias devem ser avaliadas pelo que contribuem para o progresso social concreto e não por sua proximidade de uma "realidade" independente da linguagem ou da "verdade". Ao veicular o tom geral do pensamento rortyiano, Calder procura nos mostrar porque - estejamos ou não persuadidos por ele - deveríamos de fato ser provocados e reagir a suas teses centrais.
Escrito em um momento decisivo do debate das vanguardas musicais pós-Segunda Guerra, este livro traz uma proposição maior referente à teoria adorniana da arte. Trata-se da defesa de que a modernidade das obras não está necessariamente vinculada à modernidade dos materiais. Assim, Berg, o compositor pretensamente mais regressivo da Segunda Escola de Viena, pode aparecer como nome fundamental para a compreensão dos problemas que continuam a animar a composição musical.