Uma interpretação da história visual da Revolução Mexicana (1900-1940)
Este livro reconstitui o significado dos eventos políticos e sociais mexicanos entre os anos de 1900 e 1940, a partir da análise do álbum Historia Gráfica de la Revolución Mexicana, da família Casasola, examinando a representação visual dal uta revolucionária e as imagens do poder no México. O autor – especialista num dos temas mais importantes da historiografia latino-americana – mergula numa reflexão metodológica específica e num diálogo produtivo com outras áreas, como as artes e a comunicação, e propõe uma investigação original do acervo fotográfico dos Casasola como memória histórica da revolução.
Carlos Alberto Sampaio Barbosa é mestre em História pela PUC-SP e doutor em História Social pela USP. É professor de História da América na graduação e atua no programa de pós-graduação do Departamento de História da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, câmpus de Assis.
A Revolução no México e suas figuras exponenciais, como Emiliano Zapata, têm destaque no imaginário popular. Sua longevidade e a popularidade de seus ideais expõem circunstâncias históricas distintivas que definem a trajetória do país desde finais do século XIX. Mas a pujança dos anseios igualitários que se entrelaçavam com esses movimentos transcende fronteiras e ainda hoje inspira o mundo. Tão viva quanto a memória revolucionária mexicana é o reconhecimento de sua relevância e complexidade e a intensa disputa interpretativa que enseja.
As proporções incomuns e a presença do scherzo como segundo movimento aproximam quase de imediato duas criações fundamentais de Beethoven: a Nona sinfonia e a sonata Hammerklavier. Mas esses aspectos situam-se apenas na superfície do impressionante diálogo estrutural que marca as obras, com frequência mascarado por diferenças temáticas e instrumentais. Em A Nona sinfonia e seu duplo, Daniel Bento trata dos processos intrínsecos que associam as duas composições, evidenciando que, mesmo no contexto muito peculiar do período tardio beethoveniano, suas afinidades são singulares. Como duplos, essas peças revelam-se e esclarecem-se mutuamente. Como eles, unem-se não só por semelhanças, mas também por divergências indissociáveis, apontando para um pensamento criativo integrador – para a identidade.
Os ensaios deste livro do historiador François Dosse discutem, entre outras coisas, a questão da identidade nacional tal como ela orientou o discurso histórico francês até o começo do século XX e o seu abandono sob a égide das ciências sociais e do estruturalismo; a importância da hermenêutica de Paul Ricoeur para o historiador ou ainda as interpretações de Maio de 68 e a influência exercida por aquele acontecimento-ruptura sobre a disciplina histórica. O autor analisa também a trajetória de alguns dos principais representantes da Nova História, como Georges Duby, Fernand Braudel e François Furet, e se detém sobre luminares do pensamento estruturalista, como Roland Barthes, Jacques Lacan e Michel Foucault. Apesar da diversidade aparente dos temas, os textos retomam as preocupações de François Dosse para com o estruturalismo e suas relações com a história (e seu esfacelamento).
Neste livro, Sérgio Romagnolo estabelece vínculos conceituais e estéticos entre dobras e rugas em esculturas ocas, sem corpo maciço interno. Ao conduzir suas reflexões, o autor lança mão de conceitos da Filosofia, da Matemática, da Cosmologia e de outros saberes para suscitar questões sobre o Barroco e a arte contemporânea.
Este livro descreve uma guinada crucial na evolução do pensamento europeu: de uma postura introspectiva, condescendente em relação à ignorância e à falta de precisão, para uma diferente maneira de se abordar o mundo - em termos visuais e quantitativos. Crosby mapeia as origens e o impacto dessa revolução, considerando-a um dos elementos fundamentais para o extraordinário sucesso do imperialismo europeu e da supremacia do pensamento científico.