Este livro constitui-se em aporte ímpar, teórica e empiricamente em vista, pelo menos, de três razões: questiona o alcance das políticas de mercado de trabalho calcadas na ortodoxia econômica; reage ao relativo consenso (notadamente entre os economistas) de que o espaço “não importa” nas decisões econômicas; e, o mais importante, desmistifica a tese de que o desemprego seria mais grave nas regiões metropolitanas brasileiras vis-à-vis ao interior, raciocínio que tem levado o debate sobre a dinâmica do mercado de trabalho no interior do país à beira da condição de não questão!
Alberto de Oliveira é economista (PUC/SP) e doutor em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ). Seus interesses se concentram na avaliação de políticas públicas, notadamente aquelas vinculadas ao desenvolvimento econômico (regional e urbano), às condições de vida e ao mercado de trabalho. Iniciou sua carreira profissional como analista da Fundação Seade (SP), na qual atuou muitos anos em estudos vinculados à Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). No magistério, trabalhou no Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atualmente é professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Reunião de textos que enfocam aspectos das transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil na década de 1990 e seus impactos nas diferentes dimensões do mundo do trabalho: estratégias de mercado das empresas ao se ajustarem às novas regras de concorrência e funcionamento do mercado de trabalho, baixo dinamismo, desestruturação de parte do parque industrial, elevação das taxas de desemprego, precarização das oportunidades ocupacionais e condições de trabalho.
Tem como proposta derrubar a ideia de um pensamento único na área de urbanismo no Brasil. Obra fundamental para urbanistas, pesquisadores e pensadores do espaço urbano, revela que o desejo e trabalho para construir a "cidade global" estão diretamente vinculados ao intuito de esconder os próprios defeitos, mazelas, sujeira e injustiças.
Neste livro, Igor Fuser analisa em profundidade o papel do petróleo na definição da política norte-americana para o Golfo Pérsico entre 1945 e 2003, com ênfase na relação entre o aumento da dependência dos Estados Unidos em relação aos combustíveis importados e seu crescente intervencionismo na região. O autor demonstra que, para entender os motivos da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, é preciso ir muito além de temas como terrorismo, armas de destruição em massa e o suposto interesse norte-americano na promoção da democracia. A postura unilateral e belicosa adotada pelo presidente George W. Bush após os atentados de 11 de setembro, sem dúvida, ajuda a explicar a polêmica iniciativa militar. Ainda assim, a história da política dos Estados Unidos no Oriente Médio nos últimos sessenta anos revela uma notável continuidade entre a agressão militar ao Iraque e a conduta dos governos anteriores – republicanos ou democratas. Entre os objetivos permanentes que a maior potência do planeta persegue naquela região, destaca-se, em primeiro plano, o controle de suas imensas reservas de petróleo.
Fronteiras de tensão apresenta uma nova perspectiva sobre as periferias da cidade de São Paulo, discutindo os paradoxos e mitos que as circundam. Um trabalho de fôlego, que explicita a dedicação e o compromisso de um autor/pesquisador constantemente implicado nas sensações, atitudes, observações e análises voltadas às periferias urbanas, com especial atenção ao mundo do crime e à política.
Nos setenta anos de sua existência, o sistema multilateral de comércio, criado para dinamizar a economia internacional e aplacar as rivalidades entre as nações depois da Segunda Guerra, passou por inúmeras transformações. A mais importante delas deu-se na última década do século passado e teve como expressão mais visível a criação da Organização Mundia de Comércio (OMC). Ao cabo de uma longa rodada de negociações internacionais, a abrangência do sistema multilateral de comércio foi muito ampliada e sua filosofia de base sofreu mudanças significativas. Hoje, frustradas por mais de 15 anos todas as tentativas de concluir outra rodada de negociações com vistas à geração de novas normas, esse sistema parece estar vivendo um momento crítico. Reforçam essa impressão a enorme quantidade de acordos comerciais celebrados, ou em negociação, fora da OMC, e a crítica contundente formulada contra o comportamento dessa organização pelas autoridades dos Estados Unidos. Apoiado em forte argumento teórico, nesta obra Sebastião C. Velasco e Cruz mobiliza vasta e diversificada documentação para analisar em detalhes o papel desempenhado pelos Estados Unidos em todas as etapas desse longo processo. Ganha destaque ainda neste trabalho o esforço continuado dos países em desenvolvimento – frequentemente sob a liderança do Brasil e da Índia – pela criação de condições institucionais favoráveis ao avanço de suas economias e à superação dos graves problemas que afetam suas sociedades.