Crônicas de um verão tropical urbano
Entre as crises de nosso tempo, duas estão em destaque: a crise do pensamento, como crise do sujeito, e a crise ambiental, como crise de civilização. Ambas são a mesma crise, entrelaçadas por um sistema produtivo que se sustenta em uma compreensão da relação sociedade-ambiente (natureza-cultura) cindida. Procurando uma compreensão fenomenológica, este livro se propõe como meditação experiencial dos seres-no-mundo, ontologicamente circunstancializados no lugar. Esta fenomenologia do ser-situado, como pensamento noturno-diurno, não busca o esclarecimento: visa, antes de tudo, à compreensão pelo compartilhamento de experiências vivenciadas por meio da escrita. Das diferentes situações emergem possibilidades, como caminhos, de pensamento orientado do presente para o futuro, dedicado à tarefa do nosso tempo.
Eduardo Marandola Jr. é londrinense, professor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde 2012. Doutor em Geografia (2008) e livre-docente em Sociedade e Ambiente (2016), trabalha com perspectivas fenomenológicas, discutindo ontologia, epistemologia e literatura, em busca de abordagens teórico-etodológicas da interdisciplinaridade contemporânea. Interessa-se pela interface dos estudos urbanos, ambientais e populacionais, com ampla atuação em associações, grupos e redes de pesquisa. É professor dos programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (ICHSA/FCA) e em Geografia (PPGEO/IG), ambos da Unicamp.
Nesta obra de fôlego, Ivan Domingues compõe uma profunda e abrangente análise da filosofia no Brasil. O autor propõe oferecer um livro de metafilosofia, na extensão da natureza essencialmente reflexiva da filosofia, que a autoriza a tomar a si mesma como objeto e fazer uma reflexão filosófica sobre a filosofia, uma "filosofia da filosofia". O objeto, no caso, é a filosofia brasileira ou, mais precisamente, o problema filosófico da existência ou não de uma filosofia no Brasil, justificando o qualificativo de brasileira. Também é propósito desta obra imprimir às reflexões a forma de ensaio filosófico, procurando tirar o máximo de proveito do ensaísmo, que por índole é um gênero literário que procura enraizar-se no presente ou no contemporâneo, de onde vai extrair sua motivação e onde vai encontrar suas matérias.
Esta obra aborda a Geografia Escolar, que tem como eixo norteador os conteúdos físico-naturais, no qual o tema clima e a previsão do tempo são abordados em sua plenitude no Ensino fundamental II. Este livro apresenta uma pesquisa voltada para a transmissão e apropriação de noções básicas do tema clima e a previsão do tempo, tendo como universo de pesquisa, a escola. O foco é sobre a formação de professores de geografia do ensino fundamental II, com intuito de desenvolver, avaliar e aplicar atividades didáticas, utilizando diferentes dispositivos didáticos, tais como, o “galinho do tempo” e uma estação meteorológica. A intervenção terá como meta principal promover a relação dialógica entre a sociedade e a natureza, empregando a pesquisa-ação como norteador metodológico.
Neste livro, François Dosse apresenta um panorama da renovação da cena intelectual francesa e propõe uma análise sistemática das “pesquisas de ponta” nas ciências humanas, enriquecida por entrevistas inéditas com seus atores. Dosse demonstra de forma acessível como, após o fim dos grandes paradigmas unificadores, o trabalho empenhado em várias áreas do conhecimento permite hoje o florescimento de proposições inovadoras no campo das ciências humanas e outros modos de pensar o social e o político. Além dessa diversidade das obras, o autor considera fundamental os eventos de Maio de 1968, cuja geração parece ter finalmente encontrado as palavras para prosseguir sua busca pelo significado sem teleologia e seu desejo de agir sem ativismo, a fim de repensar o vínculo social na cidade moderna.
Este livro discute o conceito de espaço sob diversas perspectivas, concluindo que a especificidade da geografia é justamente localizar fenômenos. Isso não impede, porém, um diálogo com outras ciências, como a física, a biologia, a economia e a sociologia. Leitura essencial para geógrafos, engloba desde o nascimento do espaço métrico até a filosofia de Kant, passando por pensadores do calibre de Maquiavel, Giordano Bruno, Copérnico, Galileu Galilei, Descartes e Newton.
A relação entre a lógica e a linguagem é um dos principais pontos deste livro. O estudo de termos como validade, conectivos sentenciais, quantificadores, termos singulares, sentenças, enunciados, teorias da verdade, paradoxos, lógica modal e polivalente ocorre de uma maneira que privilegia a pluralidade de interpretações. Dessa maneira, são gerados problemas e perguntas - nem sempre respondidas, mas invariavelmente instigantes - que permitem os professores, estudantes de lógica e, de maneira geral, a todos aqueles interessados na dinâmica da argumentação, ampliar a sua visão do assunto, estimulando o diálogo com outras áreas do conhecimento.