O que se sabe sobre as origens de Roma, a cidade que se tornaria um dos maiores e mais sólidos impérios que o mundo jamais conheceu? Essa questão permanece no âmago da cultura ocidental há vários séculos. Entre o estudo da vasta e rica literatura antiga sobre os princípios da Urbe e a análise das descobertas arqueológicas das últimas décadas, este livro demonstra o que de realmente histórico destaca-se nas lendas. É um convite à compreensão do fenômeno primordial que foi, para a história e o pensamento europeus, o nascimento da cidade.
Alexandre Grandazzi é membro da École Française de Rome e professor na Universidade de Paris IV – Sorbonne.
Este livro é uma homenagem a dezenove dos principais nomes dos séculos XIX e XX que, em seu tempo, contribuíram para o desenvolvimento da ciência histórica. Sem mistificações ou reverências obrigatórias, os textos deste volume mostram que a História não é apenas evolutiva e subjetiva, mas também que entre os grandes historiadores encontramos correspondência, acumulação e complementaridade.
Se a idade de ouro nunca existiu – a não ser na imaginação – nem se avizinha, por que a felicidade é, mais que nunca, uma exigência massacrante? E o que buscar neste início de século, quando as referências se desmembram e a existência perde o sentido? Eis uma obra que revisita – desde a Antiguidade até os tempos correntes – a história da procura por essa felicidade. Nunca conquistada, mas exaustivamente procurada.
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.
Da lendária fundação de uma pobre vila, nas margens do Rio Tibre, aos longínquos domínios do Império e sua posterior derrocada, a história romana se escreveu entre mitos e desventuras, heroísmo e perfídia, humanismo e belicismo. Essa epopeia cujas marcas se irradiam pela civilização ocidental ganha contornos renovados neste instigante livro de Pierre Grimal. Latinista reconhecido, o historiador francês nos conduz pelos caminhos do Império com uma linguagem poética e precisa. Roma ressurge, assim, não só como potência política e militar de um mundo em constante conflito, mas também nas motivações filosóficas, artísticas ou religiosas dos homens que fizeram desta cidade a capital do mundo.
A relação dinâmica entre os homens e as suas roupas, dissecada sob um enfoque sociológico e artístico, é o tema deste livro. Todo um jogo de valores, de identidades e de metáforas sociais, políticas e éticas é analisado com base no uso da roupa preta pelos homens ao longo dos séculos. Abordagens do uso do preto na Espanha, durante o reinado de Felipe II (1556-1598), na época de Shakespeare e na obra de Charles Dickens, as casas sombrias na Inglaterra, as vestimentas masculinas e femininas e o uso do preto no mundo contemporâneo. Utilizada inicialmente no Ocidente como símbolo de luto, a roupa preta vem ganhando, ao longo do tempo, uma proximidade cada vez maior com o poder.