O livro aborda o conceito de cinemateca desde o surgimento das primeiras coleções de filmes até os dias atuais, enfocando o final da década de 1950 e início da de 1960, quando um modelo específico de cinemateca, do qual o grande ideólogo foi Henri Langlois, é colocado em xeque no âmbito da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF). O texto procura compreender ainda as especificidades da experiência brasileira no panorama político e cultural do país, analisando sobretudo o projeto político/pedagógico da instituição para o campo da educação e de políticas culturais no Brasil no período entre 1952 e 1973.
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Publicado em 1920, 18 anos depois de Os sertões, de Euclides da Cunha, oferece uma fascinante visão dos diversos episódios que envolvem o beato Antônio Conselheiro, uma das figuras mais controversas da história brasileira em sua ambivalente posição de herói de multidões politicamente reprimidas e/ou de fanático religioso.
Arte da cozinha brasileira reúne cerca de dois mil verbetes com definições diretas, sucintas, relatando uma ou outra curiosidade, sem fatigar o leitor com referências numerosas. Com humor e erudição, Leonardo Arroyo e Rosa Belluzzo fornecem um panorama das matrizes culturais do nosso vocabulário à mesa.
A invenção da brasilidade propõe uma abordagem inovadora na historiografia sobre os estudos imigratórios no Brasil. Utilizando as metodologias da pesquisa histórica e da etnografia antropológica, Jeffrey Lesser recorre ao passado para olhar e entender o presente e a complexidade das questões de identidade no Brasil atual.
A historiografia brasileira, de forma geral, tem negligenciado a real abrangência das documentações propostas e analisadas por Afonso de Taunay. Neste livro, Karina Anhezini preenche essa significativa lacuna: recupera aquela documentação, localiza e critica os usos dados das informações e nos oferece uma obra abrangente e pertinente aos modelos analíticos desenvolvidos pela historiografia moderna. De forma competente, a autora demonstra como a historiografia desenvolvida por Taunay tinha caráter laudatório e épico - elementos fundamentais para a compreesão da história escrita no Brasil no final do século XIX e nas primeira décadas do século XX - e tece um fio narrativo que navega por inúmeras fontes literárias, sem, contudo, perder a precisão e o detalhamento histórico. Ao recuperar os escritos e o modelo metodológico de análise desenvolvido por Taunay, trilhando pelo modelo de intelectualidade existente naquele período, a autora abre novos caminhos para a percepção das obras e do pensamento desse historiador. Um livro importante, que certamente garante a continuidade e a atualização dos debates sobre a historiografia brasileira na atualidade.
Um mergulho na efervescência cultural e social da Vila Rica de Ouro Preto nos turbulentos anos da Inconfidência. Pelos olhos do jovem Afonso, A viagem proibida recria a atmosfera da Vila Rica, no coração das Minas Gerais, em um de seus períodos de maior efervescência. Além de descrever o dia a dia desse importante centro da economia no Brasil colônia, a narrativa também apresenta as tensões sociais e econômicas que fermentavam no local, em particular o descontentamento com os impostos exigidos pela Coroa portuguesa. Os ideais de igualdade dos inconfidentes, a filosofia e a mística organizadoras da resistência quilombola e o descontentamento do povo com as autoridades coloniais se unem numa aventura que encantará qualquer interessado pela história do Brasil.