Por que, como e por quem são feitas modificações no formato das políticas que regem a cidade? Com a participação de quais atores – internos e externos ao Estado – e com que debate público e conhecimento dos cidadãos? De que forma essas mudanças seguem racionalidades técnicas e/ou interesses específicos e particularistas? Quais elementos, atores e processos influenciam a produção das políticas nas cidades em uma direção ou em outra? Este livro persegue respostas a pergunta como essas, analisando as políticas públicas responsáveis pela construção, pela manutenção e pelo funcionamento da maior metrópole brasileira e sul-americana – São Paulo – desde a redemocratização.
Mestre em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e doutor em Ciências Sociais (IFCH/Unicamp). É professor livre-docente do Departamento de Ciência Política (DCP/USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).
Eduardo Marques faz, neste livro, o resgate necessário da sociabilidade, questão central para a compreensão das condições de pobreza urbana no Brasil, indo além das explicações ditadas por dinâmicas econômicas sistêmicas e por categorias macrossociológicas. Ao incorporar tanto a estrutura quanto a mobilização cotidiana das redes, constrói uma explicação relacional de médio alcance para a reprodução da pobreza que acaba por delimitar os mecanismos sociais associados às redes. Trata-se de um trabalho referencial tanto para a pesquisa acadêmica quanto para a construção das políticas públicas de corte social.
Este livro, organizado por Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria, reúne dez ensaios com o objetivo de construir um diálogo multidisciplinar sobre políticas públicas. Escritos por especialistas em diversos campos do conhecimento, os textos oferecem ao leitor uma análise diversificada sobre o estudo das ações do Estado neste início de século.
A participação em São Paulo é uma obra pioneira, resultado de anos de trabalhos com temas relativos à participação popular e associativismo desde o começo do processo de democratização. Coordenada pelo sociólogo Leonardo Avritzer, com a colaboração de especialistas de diversas áreas, A participação em São Paulo relaciona os dados da pesquisa sobre o associativismo em São Paulo com análises de temas candentes, como a cultura ambivalente da metrópole, a pluralidade religiosa e a ação dos movimentos sociais na capital. De forma dinâmica, aborda também temas relacionados à participação popular no âmbito do planejamento urbano, constituição de novas políticas democráticas, a institucionalização dos conselhos municipais de políticas públicas e o Orçamento Participativo.
A Revolta ou Revolução de 1924 teve efeitos profundos nos acontecimentos subsequentes da turbulenta trajetória brasileira. Entretanto, foi sempre objeto de estranha desatenção e nunca fez parte do calendário de efemérides de São Paulo. Seja pela deliberada intenção de ocultar os fatos, seja pelo constrangimento que evocou entre vitoriosos e vencidos, esta foi uma "Revolução Esquecida" pela história. Os registros fotográficos dessa campanha mostram, contudo, a extensão brutal da presença, rara no Brasil, de um bombardeio maciço sobre uma paisagem urbana ainda hoje corriqueira para os paulistanos: o largo da Sé, a Mooca, o Brás, Perdizes... Recuperação da memória e retrato de uma tragédia semioculta, Bombas sobre São Paulo suscita no leitor um impacto ao mesmo tempo dramático, inesperado e elucidativo tanto sobre a cidade tanto quanto sobre o Brasil.
Escritos por pesquisadores e especialistas no tema, os artigos que compõem este volume investigam, sob diversos aspectos, os marcos políticos de nosso recente trajeto republicano. Assim, questões como aquelas ligadas à agenda de proteção social de diferentes partidos, a efetividade das políticas de redistribuição de renda adotadas, a questão tributária e sua relação com a desigualdade social e econômica, a estruturação do orçamento federal, entre outras, são abordadas a partir de dados empíricos e com o devido rigor científico.