Dedicada à produção ficcional relacionada ao mito e à magia, esta antologia apresenta um diversificado panorama sobre o assunto, a partir de ensaios que refletem sobre essas histórias, algumas da Antiguidade, outras, contemporâneas. Todas atualmente presentes como parte indissociável da cultura universal: o mito de Édipo, a fábula árabe, o Sebastianismo, o romance gótico, os primórdios da narrativa policial, entre outras representações.
Karin Volobuef é docente da Unesp, voltando-se à narrativa romântica, conto de fadas e o fantástico. É autora do livro Frestas e arestas: a prosa de ficção do romantismo na Alemanha e no Brasil (Unesp, 1999) e tradutora de obras de Hoffmann, Tieck, Fouqué, Brant, Lessing e W. Humboldt. Publicou ainda artigos em revistas, como E.T.A. Hoffmann-Jahrbuch, Pandaemonium germanicum, Organon, Signótica e Outra Travessia.
Estudo de características da prosa de ficção dos romantismos alemão e brasileiro, considerando as peculiaridades de cada movimento e as circunstâncias histórico-literárias em que surgiram. Abrangente e documentado com seriedade, o livro trata de questões relativas ao tema, como transcendência, subjetividade etc. de modo bastante claro e preciso, sendo de leitura agradável e de fácil compreensão mesmo para um público não especializado.
A verdade para Heidegger (1889 - 1976) é essencialmente histórica. Em sua obra Ser e tempo, ele usou a técnica da “análise existencial” para solapar dilemas tradicionais ligados à objetividade e à subjetividade, à racionalidade e à irracionalidade, ao absolutismo e ao relativismo. Jonathan Rée desenvolve esclarecedores argumentos em torno desses debates.
Madame Staël é uma das figuras mais fascinantes da França dos fins do século XVIII. Nascida Annie-Luise-Germaine Necker (1766-1817), a parisiense se destacava nos salões iluministas com sua inteligência vívida e posições fortes em questões de literatura e política, o que a colocaria, mais tarde, em rota de confronto com Napoleão. De sua influente produção, que marcaria o pensamento europeu no século XIX, Da Alemanha, é o livro mais importante. Pois, opondo as culturas latina e germânica, acaba por articular a concepção moderna de literatura. Ou seja, ao descrever a Alemanha e seus costumes, literatura, filosofia e religião, articula a concepção moderna de literatura.
Este livro volta-se ao público com uma provocação: o que é a literatura? A pergunta aparentemente simples guarda inúmeras armadilhas. Quais os limites da literatura? Quais são os seus tipos, suas modalidades, seus gêneros? E, mais que isso: como a ideia do que é literatura se alterou com o tempo? Para todas as idades, este texto, por seu tom saborosamente literário, acaba ele mesmo sendo objeto entre os territórios investigados em suas páginas.
De Leonardo Da Vinci a John Dee e Comenius, de George Eliot a Oliver Sacks e Susan Sontag, os polímatas moveram as fronteiras do conhecimento de inúmeras maneiras. Mas a história pode ser cruel para estudiosos com tais interesses enciclopédicos. Com muita frequência, esses indivíduos são lembrados apenas por uma parte de suas valiosas realizações. Neste relato envolvente e erudito, Peter Burke defende uma visão mais global. Identificando quinhentos polímatas ocidentais, Burke explora seus estudos abrangentes e mostra como a ascensão desses intelectuais correspondeu a um rápido crescimento do conhecimento nas eras da invenção da impressão, da descoberta do Novo Mundo e da Revolução Científica. Só mais recentemente é que a aceleração do conhecimento levou a uma maior especialização e a um ambiente que dá menos apoio a acadêmicos e cientistas de amplo espectro. Abordando desde a Renascença até os dias atuais, Burke muda nossa compreensão dessa notável espécie de intelectual.