Crônicas sobre a história da música no Brasil
Neste livro, Dorotéa Kerr estuda a atividade organística no Brasil, em três subáreas: organistas (atividade musical), compositores (produção musical) e construtores (construção, instalação e restauração de órgãos). Estudiosa da música para órgão, a autora apresenta agora uma sistematização de todas as reflexões em um trabalho sobre a atividade organística em geral, e particularmente sobre a arte dos organistas.
Dorotéa Kerr é professora livre-docente e atualmente leciona na graduação e pós-graduação em Música pelo Instituto de Artes da Unesp, câmpus de São Paulo. Possui doutorado em Música/Órgão pela Universidade de Indiana (EUA) e atuou como professora do Instituto de Artes da Unicamp entre os anos 1990 e 1994. Desenvolveu sua carreira docente a partir de 1968 no sistema público de ensino municipal e estadual, desde o ensino fundamental até o ensino superior. Também atua como organista solista e como regente em concertos no Brasil e no exterior, além de participar de diversas atividades de pesquisa e produção de CDs de música sacra.
Bernard Shaw perguntou, certa vez, se os Estados Unidos de Edgar Allan Poe alguma vez já existiram ou se foram tão-somente elaborados pela extraordinária imaginação poética do escritor. Autor de obra singular em seu tempo, célebre pelos contos detetivescos, de terror e de morte e pela notável obra poética, como o célebre poema "O corvo", Poe é abordado neste livro em sua faceta menos conhecida: o crítico de teatro e dramaturgo.
Jéssica Cristina Jardim discorre sobre as influências que a arte dramática teria exercido na obra e no pensamento do escritor, revisitando momentos centrais da história do teatro nos Estados Unidos e localizando a produção artística e intelectual do autor como afluente dos nacionalismos que se formam no curso do século XIX. Em muitos momentos, a produção crítica de Poe busca responder à pergunta: afinal, como conciliar as heranças culturais inevitavelmente vindas da Inglaterra com a formação de uma literatura e de um teatro nacionais? Assim, se por um lado, os Estados Unidos presentes em sua obra ficcional foram, talvez, insuperáveis em termos imaginativos, não podemos, por outro lado, negar a Poe seu engajamento com uma das inquietações mais importantes de seu tempo.
É possivel ensinar arte? Como se ensina arte? Partindo dessas questões a obra discute a produção e o ensino superior de artes visuais com base nas experi encias cotidianas de artistas plásticos que assumiram tambérm o papel de educadores. A autora reflete sobre as convicções e os mitos que envolvem o ensino de arte e, sobretudo, dá voz aos artistas-professores ao indagar o que eles pensam sobre sua prática e como se relacionam com as instituições de ensino.
Neste livro, Flávia Regina Marquetti realiza o resgate da figura de Afrodite, a Deusa Mãe, e seus efeitos sobre a cultura e a condição humana em seus acervos materiais e simbólicos, nos quais se pode deslumbrar a influência da Deusa do amor. Para tal tarefa, a autora faz uma leitura diacrônica das representações femininas nas artes e na literatura, partindo das primeiras manifestações escultórias do feminino na pré-história – mais exatamente nos períodos Paleolítico e Neolítico e seus desdobramentos nas artes cretenses, minóica e grega – para em seguida, contemplar a face judaico-cristã, que propôs uma “redefinição” para o feminino a partir das representações da Virgem Maria e de algumas santas. Prosseguindo esse percurso, Marquetti explora a dimensão afrodisíaca do feminino encarnada pelas jovens heroínas dos contos maravilhosos e dos romances de origem européia
Com o objetivo de compreender os modos de transferência das culturas ibéricas ao universo íbero-americano, Marcondes & Bellotto reuniram pesquisadores internacionais vindos da arquitetura, da música, da história e da antropologia. São oito ensaios que mostram a complexidade do processo de assimilação e recriação dos conteúdos culturais vindos das metrópoles. Dessa forma, a singularidade labiríntica e antropofágica da cultura latino-americana pode ser estudada com maior riqueza de detalhes.
A linguagem musical, por ser intangível, é possivelmente a que mais se aproxima da filosofia. Neste livro, tal proximidade é destacada pelos paralelos entre o conceito de mousiké de Pitágoras – que entende a música como um diálogo entre linguagens e não apenas a mera execução de uma partitura – e os conceitos e a prática musical de compositores contemporâneos, como Alexander Scriabin e John Cage.