Reflexões sobre o teatro em Edgar Allan Poe
Bernard Shaw perguntou, certa vez, se os Estados Unidos de Edgar Allan Poe alguma vez já existiram ou se foram tão-somente elaborados pela extraordinária imaginação poética do escritor. Autor de obra singular em seu tempo, célebre pelos contos detetivescos, de terror e de morte e pela notável obra poética, como o célebre poema "O corvo", Poe é abordado neste livro em sua faceta menos conhecida: o crítico de teatro e dramaturgo.
Jéssica Cristina Jardim discorre sobre as influências que a arte dramática teria exercido na obra e no pensamento do escritor, revisitando momentos centrais da história do teatro nos Estados Unidos e localizando a produção artística e intelectual do autor como afluente dos nacionalismos que se formam no curso do século XIX. Em muitos momentos, a produção crítica de Poe busca responder à pergunta: afinal, como conciliar as heranças culturais inevitavelmente vindas da Inglaterra com a formação de uma literatura e de um teatro nacionais? Assim, se por um lado, os Estados Unidos presentes em sua obra ficcional foram, talvez, insuperáveis em termos imaginativos, não podemos, por outro lado, negar a Poe seu engajamento com uma das inquietações mais importantes de seu tempo.
Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutoranda em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP). Publicou artigos no Brasil e no exterior e participa de grupos de pesquisa na Universidade de Coimbra (UC), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além de escritora, atuou como professora de história do teatro na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e como pesquisadora residente na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM-USP).
Neste livro, Dorotéa Kerr estuda a atividade organística no Brasil, em três subáreas: organistas (atividade musical), compositores (produção musical) e construtores (construção, instalação e restauração de órgãos). Estudiosa da música para órgão, a autora apresenta agora uma sistematização de todas as reflexões em um trabalho sobre a atividade organística em geral, e particularmente sobre a arte dos organistas.
Neste livro, Flávia Regina Marquetti realiza o resgate da figura de Afrodite, a Deusa Mãe, e seus efeitos sobre a cultura e a condição humana em seus acervos materiais e simbólicos, nos quais se pode deslumbrar a influência da Deusa do amor. Para tal tarefa, a autora faz uma leitura diacrônica das representações femininas nas artes e na literatura, partindo das primeiras manifestações escultórias do feminino na pré-história – mais exatamente nos períodos Paleolítico e Neolítico e seus desdobramentos nas artes cretenses, minóica e grega – para em seguida, contemplar a face judaico-cristã, que propôs uma “redefinição” para o feminino a partir das representações da Virgem Maria e de algumas santas. Prosseguindo esse percurso, Marquetti explora a dimensão afrodisíaca do feminino encarnada pelas jovens heroínas dos contos maravilhosos e dos romances de origem européia
O autor apresenta uma coleção de obras de arte da capital paulista, relacionando-as às origens étnicas de seus autores. Entre as inúmeras obras retratadas, encontram-se exemplares de arquitetura, escultura, pintura, algumas nunca antes expostas ao público ou reproduzidas em livro.
Produto da dissertação de mestrado vencedora do Concurso Brasileiro Anpocs de Obras Científicas e Teses Universitárias (2012), o livro busca apreender os enunciados sociais e culturais construídos sobre o regime militar para analisar de que forma o cinema ressignificou e vem ressignificando o passado, verificar questões ainda obscurecidas, ambiguidades e tensões presentes na interpretação do processo histórico. “Trata-se, assim, de apreender os filmes como “intérpretes” do passado a partir de seu lugar no presente, procurando compreender como a sociedade concebe a si mesma e a seu passado, dentro dos limites e condições de seu tempo”, diz a autora.
Esta obra, disponível para download gratuito no site da Editora Unesp, inclui 164 retratos de 169 de artistas e profissionais que atuam hoje nos palcos de São Paulo. Resultado de uma pesquisa de quatro anos que teve como objeto mais de 300 espetáculos, o livro, do fotógrafo Bob Sousa, tem 240 páginas nas quais se alternam retratos de atores, diretores, produtores, curadores, cenógrafos, fotógrafos, iluminadores.