Neste livro de Caroline Mitrovich, a autora realiza a análise de três ensaios fundamentais de Walter Benjamin: Experiência e pobreza, Sobre alguns temas em Baudelaire, Sobre o conceito de história. O propósito por trás dessa avaliação reside em sua tentativa de desvelar as contribuições do filósofo alemão para o campo da Educação. Estas obras de Benjamin contempladas aqui estão centradas nos conceitos de formação cultural e experiência, formulados pelo filósofo como alternativas à ideia de formação pautada na rigidez do saber científico. Caroline Mitrovich reflete sobre como essas concepções contribuem para uma visão que se opõe à hegemonia do pensamento cartesiano e lógico, abrindo mais possibilidades para o processo de formação do indivíduo. Neste estudo denso, o livro busca na filosofia benjaminiana os conceitos para avaliar a Educação.
Possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá e mestrado em Educação pela Unesp, campus de Presidente Prudente. Seu campo de atuação inclui trabalhos como pesquisadora e docente nas áreas de Filosofia da Educação, Formação de Professores e Metodologia de Estudo e Pesquisa.
Latour proporciona aqui uma audaciosa análise da ciência, demonstrando o quanto o contexto social e o conteúdo técnico são essenciais para o próprio entendimento da atividade científica. Por onde podemos começar um estudo sobre ciência e tecnologia? A escolha de uma porta de entrada depende crucialmente da escolha do momento certo.
Este livro não se pauta nem pela ordem nem pelas metas a partir das quais Sartre escreve a obra de 1943; tampouco serviram de base os diálogos deste filósofo com suas três maiores influências -- Hegel, Husserl e Heidegger. A intenção do texto sequer se compromete com uma cobertura historiográfica completa das influências de Sartre. Trata-se de um trabalho temático, e não de uma descrição da filosofia sartreana que procura, inclusive, se distanciar dos termos que poderiam enviar a outros filósofos, evitando assim um vocabulário mais técnico. Procura-se distender os termos técnicos, pois, para entender a trajetória dos conceitos de consciência e má-fé (e dos conceitos paralelos, como o de "irrefletido"), é preciso responder se e como eles apareciam nas primeiras obras de Sartre.
Benjamin retratou uma época marcada por radicais transformações da percepção e do comportamento dos cidadãos: o crescimento vertiginoso das grandes cidades, o impacto do trânsito, do reclame e das novas formas de mídia, a sensação de viver num mundo kafkiano e surrealista... Toda essa polifonia está presente nos artigos deste livro.
Dedicando-se a debater questões atuais sobre a pesquisa em Educação e em Educação Matemática, Antonio Vicente Marafioti Garnica dialoga com expressões artísticas para investigar práticas, posturas, metodologias e áreas do conhecimento. Viver a "experiência do labirinto" é deixar-se levar pelas discussões sem circunscrevê-las a uma ou outra teoria categoria ou área; é abraçar formas de análise e registro que o autor chama de "rizomáticas" (como são os caminhos com infinitos atalhos), sem temer o caos que, ao fim, se mostra pleno de estabilidades.
Físico, matemático, astrônomo, filósofo e literato, Galileu Galilei foi um dos pilares do Ocidente contemporâneo. Nos textos reunidos em Ciência e fé, travamos contato com o seu pensamento revolucionário, ao desvendar as relações entre a Ciência da Natureza (chamada na época de "Filosofia Natural") e a interpretação que a tradição católica faz da revelação bíblica durante o século XVII.