Graça a sua precisão e sua simplicidade, Tratado da esfera foi adotado nas principais universidades europeias no final da Idade Média e início do mundo moderno – Paris, Oxford, Viena, Bourges, Bologna, Praga e Lisboa. A partir do século XVI, passou a ser texto básico para a formação dos pilotos que fizeram os grandes descobrimentos marítimos. Caso raro naquela época: um texto saía do mar fechado das universidades para cair na vastidão dos oceanos. Essa obra contém o fac-símile da versão quinhentista.
Johannes de Sacrobosco, também conhecido como John of Hollywood, foi inglês, de Hallyfax, e lecionou na Faculdade de Artes de Paris na primeira metade do século XIII. Tractatus de Sphera (O tratado da esfera) foi sua primeira obra.
Concebido como um jogo dramático, o poder costuma utilizar meios espetaculares quando deseja marcar sua entrada na história. Este livro, ao estudar o varguismo no Brasil e o peronismo na Argentina, mostra como esses governos seguiram o figurino das comemorações e festas cívico-esportivas realizadas na Itália e na Alemanha. A produção de imagens, a manipulação de símbolos e a sua organização em um quadro cerimonial são estudadas dentro de um cenário de autoritarismo, política de massas e teatralização. O mito da unidade nacional e a figura de um líder atrelado às massas mascaram assim as divisões e os conflitos existentes na sociedade.
A escrita da história: novas perspectivas representa uma mostra significativa das mais recentes tendências da metodologia e da prática historiográfica. Peter Burke reuniu neste volume textos de alguns dos mais importantes historiadores contemporâneos, como Roy Porter, Ivan Gaskell, Joan Scott, Robert Darnton, Jim Sharpe, Henk Wesseling, Giovanni Levi e ele próprio. O resultado é algo absolutamente diverso de tudo o que se dispõe sobre o assunto.
As questões estudadas neste livro – O universo é regido por leis deterministas? Qual é o papel do nosso tempo? – foram formuladas pelos pré-socráticos na aurora do pensamento ocidental. Elas nos acompanham já há 2 mil anos. Hoje, os desenvolvimentos da Física e das matemáticas do caos e da instabilidade abrem um novo capítulo nessa longa história. Atualmente percebemos esses problemas sob um novo ângulo. Podemos, a partir de agora, evitar as contradições do passado.
A paisagem sonora – termo cunhado pelo próprio R. Murray Schafer – é nosso ambiente sonoro, o sempre presente conjunto de sons, agradáveis e desagradáveis, fortes e fracos, ouvidos ou ignorados, com os quais vivemos. Do zumbido das abelhas ao ruído da explosão, esse vasto compêndio, sempre em mutação, de cantos de pássaros, britadeiras, música de câmara, gritos, apitos de trem e barulho da chuva tem feito parte da existência humana. A afinação do mundo é uma exploração pioneira da paisagem sonora: uma tentativa de descobrir como era ela no passado, de analisar e criticar o modo como é hoje, de imaginar como será no futuro.
Publicados originalmente entre 1754 e 1762, os textos que compõem esta obra fazem parte dos seis volumes sobre a história inglesa redigidos por David Hume quando ele ainda não gozava da fama de filósofo pela qual o reconhecemos hoje. Fundamentado na noção de que o que move a história é a busca de um povo pela liberdade, em contraposição ao poder e à autoridade exercidos pelo Estado, e interessado em demonstrar como este embate é responsável por erigir a Constituição inglesa, Hume desenvolve sua investigação sobre os fatos do passado lançando luz não apenas sobre a vida de reis, príncipes, parlamentares e militares – tal como era a tradição até então –, mas também sobre amplas e importantes esferas da sociedade, como a ciência, a religião, as artes, a economia e os costumes.