Este livro, preparado com base no exame de cerda de 5.800 projetos de leitura em andamento no Brasil, é construído de pequenos verbetes articulados entre si, que poderão ser lidos conforme as necessidades e os interesses do leitor. Trata-se de uma obra arejada e reflexiva, que certamente será um instrumento valioso para o trabalho daqueles que se dedicam a formar leitores-cidadãos.
Pós-doutora em Letras pela PUC-RJ e docente de cursos de graduação e pós-graduação. É também autora de ficção e tradutora.
Pós-doutora em Leitura pela Universidade de Colônia, Alemanha, professora associada da PUC-RJ e professora visitante em diversas universidades brasileiras e do exterior. É coordenadora adjunta da Cátedra Unesco e Leitura PUC-RJ.
Mestre em Literatura Brasileira pela PUC-RJ e graduada em Comunicação Social e Administração. É pesquisadora da Cátedra Unesco de Leitura PUC-RJ.
O objeto deste estudo é a obra de Marguerite Duras (1914-1996), escritora, dramaturga, roteirista e membro da Resistência francesa durante a Segunda Guerra. De seu universo ficcional, marcado pela juventude passada na Indochina e pelas novelas psicológicas e herméticas, são analisados quatro livros - um deles, O amante (1984), recebeu o prestigiado Prêmio Goncourt e já foi levado ao cinema. Eles têm em comum a diluição das fronteiras entre o romance e a autobiografia e a profunda reflexão sobre a arte de escrever.
Este livro investiga a atividade editorial de Monteiro Lobato entre 1918 e 1925 a partir do levantamento e a análise de documentos até agora inéditos entre os pesquisadores que se debruçaram sobre o projeto intelectual lobatiano. A investigação do material numa perspectiva histórica permitiu à autora revisar a prática editorial de Lobato e definir com mais precisão quando ela foi e não foi revolucionária, reavaliando criticamente os estudos que habitualmente retratam o trabalho editorial de Lobato como absolutamente inovador. Além disso, Cilza Bignotto demonstra como a atividade editorial lobatiana permitiu a construção de redes extensas de sociabilidade entre vários intelectuais, o que contribuiu sobremaneira para a construção de sua própria figura de autor, além de sua inserção e consolidação no campo literário paulista e nacional da época.
Este livro identifica a acepção de infância, como categoria operatória, essencial ao pensamento de Janusz Korczak (1878-1942), situando sua concepção pedagógica no âmbito do debate acadêmico sobre a historicidade social do sentimento de infância, bem como entrelaçando os significados dos livros escritos por ele com aspectos biográficos, para situar a reflexão teórica no contexto de suas experiências como educador. Traça um panorama a propósito da configuração histórica das declarações de direitos humanos, especialmente no pós-guerra, singularizando o trabalho de Korczak como idealizador do direito de a criança ter direitos.
Publicadas em 1791, as Cinco memórias sobre a instrução pública de Condorcet fixavam o quadro teorico e ideológico que fundamentaria, mais tarde, seu projeto completo de organização da instrução nacional, do ensino primário ao ensino superior. No contexto das transformações politicas significativas implementadas pelo movimento revolucionário francês, desde 1789, o ideário de Condorcet baseia-se nos princípios do acesso universal, da gratuidade e da independência, que deveriam sustentar a organização do sistema de instrução. Sua proposta, detalhada e consistente, revela-se extremamente avançada para seu tempo e contém, em germe, muitas das bandeiras ainda hoje defendidas, no complexo âmbito da educação.
Ao reunir visões de especialistas de diversos países sobre o legado de Machado de Assis, este livro mostra a abrangência atual dessa linhagem critica, assim como a multiplicidade de abordagens que o mestre permite e estimula. Poeta, romancista, dramaturgo, contista, jornalista, cronista e teatrólogo, Machado evoca diálogo cada vez mais intenso, sofisticado e sem fronteiras.