Em formato de prédicas morais, esta obra – que pode ser considerada uma das pioneiras, na Era Moderna, entre as definidas hoje como de autoajuda – emerge em meio à efervescência criativa que caracterizou os meados do século XVIII, em um contexto de ascensão da corrente filosófica moralista e aforismática na Inglaterra e na França.
Philip Dormer Stanhope, Conde de Chesterfield (1694-1773), foi um dos mais importantes ministros do governo inglês e escritor de prestígio. Tornou-se reconhecido especialmente pelas cartas em que pregava lições morais para seu único filho, cujas várias compilações têm sido constantemente reimpressas.
Michel Dobry é sociólogo e professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Foi diretor do Laboratório de Análises de Sistemas Políticos (ISP) e do Centro Nacional de Pesquisa Científi ca (CNRS).
John Hill (1716-1775) foi editor e botânico conceituado.
Os artigos que compõem esta coletânea foram publicados entre 1969 e 2005 e têm uma temática persistente: a da vida cotidiana e comum que a filosofia não pode nem deve trair se não quer converter-se em mero jogo de palavras. Para o autor, o pirronismo repensado e rearticulado conforme a linguagem e os problemas filosóficos da contemporaneidade, preserva, no entanto, total consonância com a inspiração original do pirronismo histórico e a mensagem da Sképsis grega continua plenamente atual, respondendo às necessidades filosóficas também de nosso tempo.
O ponto de partida da teoria da recursão consiste em analisar de maneira conceitual, em termos matematicamente precisos, as noções intuitivas de algoritmo e função algorítmica. Norteia a investigação lógica de nosso tempo e foi alvo de estudos de lógicos e matemáticos como Gödel, Turing, Kleene e Rosser, entre outros do mesmo calibre. Este livro, que preenche uma lacuna na literatura especializada em língua portuguesa e que, segundo Newton da Costa, tende a “se tornar um clássico entre nós”, oferece uma visão clara do que se faz atualmente em um terreno dos mais interessantes e significativos deste campo.
Lukács, jovem filósofo húngaro, é o objeto desta obra, interessante para a compreensão das etapas de sua evolução intelectual e política, que demonstra a significação do conceito de forma na concepção ética do filósofo, o qual pretendeu formular, por meio desse conceito, uma ética além dos deveres. Conforme nota do autor, os acontecimentos de 11 de setembro de 2001, que deram novas qualidades à questão do terrorismo, só contribuíram para dar um sentido atual ao problema discutido por Lukács e analisado criticamente pelo autor. Este impressiona pela erudição, originalidade e capacidade de evidenciar as múltiplas e inseparáveis dimensões éticas, estéticas, místicas e políticas do filósofo, e mostra os limites da tentativa do filósofo para formular uma "metafísica do socialismo" e uma "segunda ética", em ruptura com o kantismo.
O presente livro, mais que um precioso documento do pensamento linguístico indiano, é uma rica fonte de reflexão sobre a linguagem, e, nesse sentido, pode-se estabelecer fértil diálogo entre ele e toda a tradição posterior na área linguística. A tradução, diretamente do sânscrito, resulta de longa pesquisa e de um trabalho meticuloso de reconstituição para os estudiosos brasileiros de um texto notadamente hermético. Vem acompanhada de ensaio introdutório no qual os problemas tratados por Bhartrhari são contextualizados para o leitor não familiarizado com o conhecimento linguístico indiano.
Diz-se que o homem é um ser social. Mas o que exatamente significa essa frase? Quais as consequências desta observação aparentemente banal, que não há um eu sem um você? O ser humano estaria condenado à incompletude? Neste livro não há, como avisa o autor, um discurso fechado em certezas ou verdades absolutas, mas um amplo vasculhar sobre a questão.