Queda e reconstrução da civilização - Civilização e ética
Filosofia da civilização irrompe, assim, em 1923, sob a constatação de que, para o autor, o pensamento ocidental fracassara em seu projeto de construir uma “visão de mundo” ética da vida. “Nosso filosofar afastou-se cada vez mais do elementar, perdendo a conexão com as questões primeiras que o homem tem a fazer sobre a vida e o mundo. Cada vez mais se tornou cativo de questões secundárias.”
Albert Schweitzer (1875-1965) foi um médico, filósofo, teólogo e músico alemão, laureado com o prêmio Goethe em 1928 e com o Nobel da Paz, em 1952. É autor de Entre a água e a selva, publicado pela Editora Unesp em 2010.
Laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1952, como reconhecimento ao seu trabalho humanitário, Albert Schweitzer perpassa neste relato os primeiros anos como médico e missionário em Lambaréné, cidade do atual Gabão. Suas experiências na selva nos aproximam, assim, de um homem que abriu mão de sua posição de professor e renomado musicista na Alemanha para se aventurar no desconhecido em plena época colonialista. Este livro reapresenta para o público brasileiro uma trajetória humanista de valor universal e sem paralelo.
A relação entre a lógica e a linguagem é um dos principais pontos deste livro. O estudo de termos como validade, conectivos sentenciais, quantificadores, termos singulares, sentenças, enunciados, teorias da verdade, paradoxos, lógica modal e polivalente ocorre de uma maneira que privilegia a pluralidade de interpretações. Dessa maneira, são gerados problemas e perguntas - nem sempre respondidas, mas invariavelmente instigantes - que permitem os professores, estudantes de lógica e, de maneira geral, a todos aqueles interessados na dinâmica da argumentação, ampliar a sua visão do assunto, estimulando o diálogo com outras áreas do conhecimento.
Em Filosofia econômica, Joan Robinson olha por trás da cortina da economia para revelar uma luta incessante entre a economia como ciência e a economia como ideologia, a qual, a seu ver, era uma parte vital da economia. No seu habitual estilo vívido e cristalino, ela critica os primeiros economistas Adam Smith e David Ricardo, assim como os neoclássicos Alfred Marshall, Stanley Jevons e Leon Walras no tocante à questão do valor. Mostra que aquilo que eles consideravam como os geradores de valor – respectivamente o tempo de trabalho, a utilidade marginal ou as preferências – nada tinha de científico, mas de “metafísico”, e que é frequente encontrarmos na ideologia, não na ciência, motivo para rejeitar as teorias econômicas. Ela também avalia as implicações da revolução keynesiana na economia, particularmente se as teorias de Keynes são aplicáveis a economias em desenvolvimento. Robinson conclui com uma lição profética que ressoa na economia turbulenta e desigual de hoje: que a tarefa do economista é combater a ideia de que os únicos valores que importam são aqueles que podem ser medidos em termos monetários.
Esta obra faz uma abordagem histórica dos problemas da filosofia da matemática - que sentido de existência têm os objetos da matemática, se existem de fato objetos matemáticos propriamente ditos? Qual é a natureza da verdade matemática? Como é possivel que a matemática tenha algo a dizer sobre o mundo empítico? --, apresentando uma ou muitas respostas mais ou menos satisfatórias aos problemas suscitados pelo conhecimento matemático.
Nesta obra de fôlego, Ivan Domingues compõe uma profunda e abrangente análise da filosofia no Brasil. O autor propõe oferecer um livro de metafilosofia, na extensão da natureza essencialmente reflexiva da filosofia, que a autoriza a tomar a si mesma como objeto e fazer uma reflexão filosófica sobre a filosofia, uma "filosofia da filosofia". O objeto, no caso, é a filosofia brasileira ou, mais precisamente, o problema filosófico da existência ou não de uma filosofia no Brasil, justificando o qualificativo de brasileira. Também é propósito desta obra imprimir às reflexões a forma de ensaio filosófico, procurando tirar o máximo de proveito do ensaísmo, que por índole é um gênero literário que procura enraizar-se no presente ou no contemporâneo, de onde vai extrair sua motivação e onde vai encontrar suas matérias.