Trinta anos de produções cinematográficas sobre o regime militar brasileiro
Produto da dissertação de mestrado vencedora do Concurso Brasileiro Anpocs de Obras Científicas e Teses Universitárias (2012), o livro busca apreender os enunciados sociais e culturais construídos sobre o regime militar para analisar de que forma o cinema ressignificou e vem ressignificando o passado, verificar questões ainda obscurecidas, ambiguidades e tensões presentes na interpretação do processo histórico. “Trata-se, assim, de apreender os filmes como “intérpretes” do passado a partir de seu lugar no presente, procurando compreender como a sociedade concebe a si mesma e a seu passado, dentro dos limites e condições de seu tempo”, diz a autora.
Caroline Gomes Leme formou-se em Ciências Sociais pela Unesp e é mestre e doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/Unicamp).
Este livro se inicia com a exposição da trajetória de Henrique Fleiuss no cenário da imprensa carioca. Proprietário e editor; ao longo de 18 anos publicou duas revistas ilustradas, totalmente diferentes tanto do ponto de vista editorial quanto visual. Sílvia Maria Azevedo se debruça sobre a Ilustração Brasileira e analisa a construção das diversas "imagens de exportação" do Brasil veiculadas pela publicação de 1876: a figura de D. Pedro II, em sua segunda viagem ao exterior, como encarnação da imagem de Brasil ilustrado; a representação do país como nação moderna e civilizada em sua presença na Exposição Universal de Filadélfia de 1876; a participação do imigrante europeu na consolidação da nova imagem de Brasil; a atuação de cientistas estrangeiros para a descoberta de novos contornos geográficos do Brasil; os novos olhares sobre o Brasil a partir da contribuição do fotógrafo Marc Ferrez; o confronto entre dois Brasis, o do Norte e o do Sul, na perspectiva da criação artístico-literária. Ao final, uma análise dos sucessos e fracassos das publicações periódicas brasileiras depois dos anos 1870 e a ciranda de revistas que se prolonga durante o século XIX.
Este livro investiga a busca de alegria, bem-estar e saúde – ou tudo que faz a vida durar – em duas aldeias mbya (guarani) no litoral sul do estado do Rio de Janeiro: Araponga e Parati Mirim. Ao mesmo tempo que analisa a extensa literatura antropológica sobre os Guarani, à luz dos desenvolvimentos mais recentes da etnologia americanista, Elizabeth Pissolato trata de temas como o xamanismo, o parentesco, os cuidados com as crianças e a vida diária, de um modo geral pouco explorados nesse tipo de pesquisa. Sob uma ótica bastante original, que privilegia a experiência individual das relações sociais, com ênfase para os atos e palavras dos próprios Mbya, a pesquisadora se dedica à etnografia dos deslocamentos, examinando as condutas pessoais e os comentários em torno das andanças por lugares. É na mudança frequente de lugar e de perspectiva que os Mbya, de fato, apostariam na conquista de condições renovadas de continuar existindo nesta terra.
Esta coletânea reúne catorze textos de um dos mais notáveis pensadores do século XX. Escritos durante pouco mais de vinte anos de produção, entre 1958 e 1980, estes ensaios conformam uma abrangente introdução ao trabalho de Raymond Williams, bem como apresentam para estudiosos as bases de suas principais formulações.
Este livro apresenta Deus - e sua encarnação em Jesus Cristo -, segundo a Bíblia, dando ênfase a suas representações nas artes plásticas. A autora recolhe exemplos de pinturas, gravuras ou esculturas que retratam cada episódio marcante da vida do Cristo, sem se ater a determinado período ou movimento artístico. Assim, o leitor tem a oportunidade de apreciar e meditar sobre reproduções de obras medievais, clássicas, barrocas, impressionistas e expressionistas.
Este livro nos apresenta as transformações que estão ocorrendo nas Histórias em Quadrinhos (HQ) quando elas começam a ser geradas dentro do ambiente hipermidiático da internet. Anselmo Gimenez Mendo nos traz a história das HQ, os elementos de sua linguagem e sua inserção no mundo digital. Apresenta uma análise das diferentes formas de adaptação das HQ impressas no ciberespaço e aponta a descaracterização ocorrida nesse processo.