A evolução não se contenta em mostrar como era a vida dos seus fósseis mais famosos que se tornam heróis de cinema, como os dinossauros e os mamutes. Na realidade, ela não é um conto ou um mito, mas sim uma crônica fascinante produzida pela ciência que narra a história da vida no nosso planeta. Foram grandes pesquisadores, como Darwin e Lamarck, que nos ensinaram por que há espécies que desaparecem, que se diferenciam ou que são bastante semelhantes. Nesta obra, Pascal Picq explica, em um diálogo animado com um estudante, as principais ideias dessa aventura científica. Muitas vezes distorcida e questionada por fundamentalismos, a evolução não é a "lei do mais forte". Sem ela, no entanto, nós não estariamos aqui. Se nós não a compreendermos, é a vida das gerações futuras que colocaremos em perigo.
Pascal Picq é paleoantropólogo no Collège de France e estuda as origens da evolução do homem e dos grandes macacos. É autor também de Lucy e l'obscurantisme e Darwin et l'évolution expliqués à nos petits-enfants, entre outras obras.
Neste livro, Pascal Picq aborda a evolução da linhagem humana. Em diálogo com o trabalho de Darwin, apresenta a relação entre o estudo do comportamento dos grandes símios e as pesquisas sobre o nascimento da humanidade. O resultado é uma bela narrativa sobre a aventura do conhecimento.
Os 34 ensaios desta obra analisam criticamente as contribuições e lacunas de autores clássicos das Ciências Sociais sob a perspectiva dos estudos de gênero. Cobrindo um amplo espectro temático – analisando produções que vão de Auguste Comte a Carlo Ginzburg, passando por Claude Lévi-Strauss, Anthony Giddens e Edward Thompson –, estes textos compõem um volume indispensável para os interessados não só em temas relacionados à desigualdade sexual, mas também na própria história do pensamento social.
Percorrendo um caminho que vai das abordagens de Weber e Durkheim aos debates atuais sobre as questões religiosas, esta obra mostra que as religiões são fatos sociais cuja análise permite compreender melhor as sociedades e sua evolução. O objetivo de Jean-Paul Willaime não é apresentar as denominações existentes, mas sim o modo como se construiu, ao longo do tempo, através de uma pluralidade de olhares, um campo de estudo particular: a sociologia das religiões.
Panem et circenses: por qual motivo a elite romana organizava jogos e distribuía trigo para a plebe? Prática diversionista? Clientelismo? Despolitização? Populismo? Esta obra monumental de Paul Veyne reúne uma investigação minuciosa sobre as origens dessa prática tão comum a aristocratas e imperadores. Juvenal via ali a derrocada da república; a massa trocava seus votos por diversão e alimento. Veyne descontrói essa interpretação monolítica e oferece uma complexa chave de leitura para a compreensão dos acontecimentos históricos, sociais e políticos. Mais que simples mecanismo de controle da plebe, a política do pão e circo remete a práticas herdadas das cidades-Estado gregas de comprometimento com o bem comum, as quais tanto embutem um sentido de dever, como também são usadas como demonstração de superioridade. Apropriadas de modo específico pela elite romana, conforme as características de sua sociedade, essas liberalidades oferecidas ao povo são contextualizadas historicamente e caracterizadas por Veyne como “evergetismo” – um fenômeno mais amplo em que, por diversas motivações, aristocratas realçam sua posição social por meio de doações ostentatórias para a coletividade.
Por que precisamos de chefes? Por que obedecemos? Por que as sociedades não têm, todas, o mesmo regime político? Por que desconfiamos tanto da política? Ao abordar essas questões tão atuais, o diálogo presente neste livro procura explicar, de maneira acessível para todos os públicos, os rudimentos da política, mostrando que a democracia, que hoje pode parecer bastante frágil e mesmo decepcionante, precisa ser retomada e inventada constantemente, e que a responsabilidade de mantê-la viva é nossa.