História e conjuntura na análise das relações com a Argentina
Em suas histórias independentes, Brasil e Argentina nutriram uma rivalidade notada na persistente competição pela preponderância regional. A obra busca compreender essa relação no campo da Defesa durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), refletindo sobre as condicionantes históricas e circunstanciais. A autora faz um panorama histórico da competição e seus reflexos, aborda as percepções brasileiras sobre colaboração regional para se relacionar com a Argentina e discute as particularidades da dinâmica decisória de nossa política externa.
Mestre e doutora em História e Cultura Política pela Universidade Estadual Paulista, com ênfase em História Militar, da Guerra e das Relações Internacionais. Bacharel e licenciada em História pela mesma instituição, possui experiência nas áreas de história das relações internacionais e política externa brasileira, particularmente nas temáticas sobre cooperação regional, relações com a Argentina e relações entre diplomacia e Forças Armadas.É pesquisadora do Grupo de Estudos da Defesa e Segurança Internacional (GEDES) e líder do Grupo de Estudos Comparados em Política Externa e Defesa (COPEDE). Atualmente, é professora adjunta do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Analisar o imaginário europeu na época das grandes navegações. Foi com esse objetivo em mente que Patrícia Seed analisou as cerimônias de posse da terra empreendidas pelos conquistadores espanhóis, portugueses, franceses e ingleses, de 1492 a 1640. O resultado é a reconstrução, por intermédio da antropologia e da crítica literária, das coordenadas gerais de um ideário que acabou por ser também incorporado ao Novo Mundo.
Neste livro, Robson Mendonça Pereira investiga as ações de intervenção na cidade de São Paulo na década de 1910 na administração de Washington Luís (1914-1919), período prolífico de discussões sobre a introdução das concepções da urbanística moderna e da dificuldade de sua difusão por conta da opção formal da elite paulista pelas soluções de inspiração haussmanniana. Washington Luís pode ser considerado uma das poucas personalidades a conseguir metamorfosear o discurso da modernização em ação efetiva sobre o espaço da cidade na Primeira República. Como representante da alta burocracia estatal paulista, inaugurou um estilo de gestão administrativa que aliava a racionalidade técnica aos símbolos de uma modernidade triunfante na passagem da Belle Époque para os anos de 1920.
No início do século XX, a zona Araraquarense (atual Noroeste Paulista) passou por um grande desenvolvimento econômico, cultural e social, em virtude do fluxo de imigrações, o que mudou em pouco tempo os padrões daquela sociedade. Em meio a esse turbilhão, passaram a circular diversos jornais produzidos regionalmente, que retrataram todas as novidades desse período e os estilos de vida que emergiam. Com base nesses textos antigos, duas importantes temáticas foram pesquisadas e tratadas nesta obra: a contraditória apropriação feminina dos espaços públicos, que naqueles tempos ganhava grande publicidade, e a preservação da educação, assistência e ordenação das crianças do sertão.
Em meio a um acelerado avanço tecnológico, o mundo capitalista se viu às voltas, no final do século XX, com uma variedade de males que acreditava haver erradicado: desemprego, depressões cíclicas, população indigente em meio a um luxo abundante e o Estado em crise. As próprias revoluções tecnológicas nas áreas do átomo, da informação e da genética se desenvolvem num estado de vazio ético no qual as referências tradicionais desaparecem. Um claro paradoxo se instala nas sociedades pós-modernas: ao mesmo tempo que se libertam das amarras dos valores de referência, a demanda por ética e preceitos morais parece crescer indefinidamente. O economista Gilberto Dupas busca, neste livro, em 2ª edição revista e ampliada pelo autor, uma ética para os novos tempos capaz de introduzir o dever onde tudo é poder. E pergunta-se como o Estado poderia recuperar sua condição de efetivo representante da vontade da sociedade civil.
Este estudo pretende apresentar e analisar, de forma crítica e didática, os principais temas da agenda de segurança internacional contemporânea, abrangendo tanto as questões tradicionais quanto aquelas que foram inseridas recentemente na agenda. De forma geral, pretendemos dotar as análises sobre segurança internacional de leituras e discussões localizadas desde o Brasil e o Sul Global, ponderando criticamente agendas de pesquisa e programas de atuação provenientes do Norte Global. Os capítulos foram estruturados de forma a apresentar aos leitores um panorama inicial sobre o tema e caminhos para aprofundar os estudos e reflexões. O objetivo, portanto, relaciona-se com a difusão de conhecimento e que o livro seja útil como um guia àqueles que estão iniciando seus estudos no campo das relações internacionais e dos estudos de segurança internacional, assim como um ponto de apoio e um complemento para os professores de disciplinas sobre Segurança Internacional.