Uma história do trabalho e do ambiente do açúcar no Nordeste do Brasil
Neste livro, Thomas D. Rogers analisa as mudanças sociais e ambientais em quatro séculos da história de Pernambuco, um dos principais centros da produção açucareira no Brasil. A obra enfoca principalmente o período que se inicia com a abolição do regime escravista e vai até o século XX. Revisitando de forma crítica a bibliografia canônica sobre o tema, com destaque para a obra de Gilberto Freyre, Rogers realiza um profundo mergulho no cenário agrícola pernambucano do último século e no quanto ele é tributário dessa história.
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Esta coletânea procura oferecer um panorama das tendências contemporâneas hegemônicas das ciências humanas em território anglo-saxão. Partindo das transformações epistêmicas dos últimos cinqüenta anos, o livro aponta para as possíveis perspectivas de transformação. Colaboram nesta pesquisa autores como J. C. Alexander, G. C. Homans, H. Joas, R. Münch, J. C. Heritage, I. J. Cohen, I. Wallerstein, R. Miliband, A. Honneth, T. P. Wilson, além dos próprios organizadores.
O futuro da Europa está em xeque. Porém, engana-se quem imagina que os problemas dos países da comunidade europeia se limitam às questões nacionais. Seus dilemas mantêm um estreito diálogo com questões que extrapolam fronteiras e se relacionam com a dinâmica de uma economia global em intensa transformação, caracterizada por um ritmo frenético e pela ausência de prognóstico sobre seus limites finais. Com essa perspectiva ampliada, Anthony Giddens investiga nesta obra a crise da União Europeia, a terceira mais populosa comunidade política, atrás apenas das que incorporam China e Índia.
Nesta obra, Latour estrutura sua mais ambiciosa incursão filosófica desde Ciência em ação. Tendo como ponto de partida estudos de caso – seja de cientistas analisando o solo da Amazônia, seja de Pasteur estudando a fermentação do ácido láctico no laboratório –, ele disseca cuidadosamente os componentes aparentes e ocultos das atividades e dos pensamentos dos cientistas. Através desses e de vários outros exemplos o autor percorre a miríade de passos pelos quais os eventos do mundo material são transformados em conhecimento científico e desvela a maneira como os mundos material e humano se associam e são reciprocamente transformados durante o processo.
Ao realizar uma abordagem histórico-cultural de três literaturas de viagens europeias ao Brasil, o autor evita a biografia laudatória, a explicação economicista ou a crítica literária, enfatizando permanências e mudanças, explícitas ou sutis, em diferentes formas de descrição do país. Obras do calvinista Jean de Léry, fascinado pela língua tupi-guarani; do padre jesuíta André João Antonil, pragmático em sua análise das riquezas nacionais; e do aventureiro Richard Francis Burton, com uma inesgotável energia para compreender e classificar tudo o que via no Novo Mundo, são analisadas como autênticas e complexas percepções da realidade, que abarcam do século XVI ao XIX.
O livro faz uma exuberante reconstituição da boemia paulistana entre os anos de 1860 e 1920, quando São Paulo teve a sua primeira fase de crescimento explosivo e a população saltou de pouco mais de 30 mil habitantes para algo em torno de 200 mil, graças à chegada em massa de imigrantes, principalmente italianos desencantados com a lavoura, e de estudantes de outros estados do país, a maioria deles para estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Inspirado pelo trabalho do pensador alemão Walter Benjamin (1892-1940), que avaliou os gostos e costumes da Paris da Belle Époque, a autora retrata como eram as tabernas da época e como se comportavam os seus frequentadores, reconstituindo, assim, as relações sociais e pessoais que permeavam o consumo de álcool na São Paulo daquela época. Também faz um minucioso mapeamento da produção e do consumo de bebidas alcoólicas na cidade durante o período. A pesquisa ainda desvela, como pano de fundo, os gestos e sensibilidades do cotidiano da cidade nesse momento anterior à industrialização, captando costumes e modos de vida e pondo à mostra toda uma cultura gestual, material e historicamente construída, que logo acabaria por se transformar inteiramente.