Reflexões sobre a experiência norte-americana
Neste livro, a partir da análise do exemplo dos Estados Unidos, Reginaldo C. Moraes investiga o universo das rápidas metamorfoses no mundo do trabalho contemporâneo (geradas, principalmente, pela revolução tecnológica em curso), em que novas habilidades são necessárias para a codificação das tarefas. Isso exige uma mudança nos métodos de aprendizado laborial na graduação, o que vem transformando o perfil do trabalhador.
Reginaldo C. Moraes é doutor em Filosofia pela USP e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), da Unicamp. Publicou, pela Editora Unesp, O peso do Estado na pátria do mercado (2013), As cidades cercam os campos (2008, em coautoria com Maitá de Paula e Silva e Carlos Henrique Goulart Árabe), Estado, desenvolvimento e globalização (2006) e Educação superior nos Estados Unidos (2015).
Neste livro os autores partem dos vínculos entre questão agrária e projeto nacional de desenvolvimento no contexto do século XXI, enveredando nos caminhos pelos quais a agricultura de países em desenvolvimento, em especial o Brasil, conectou-se com a economia mundial do pós-guerra. Tenta-se enquadrar o mundo "agro" aos estudos de economia política internacional, em particular os que examinam peculiaridades dos países em desenvolvimento em contextos cambiantes, como o cenário "desenvolvimentista" dos trinta anos do pós-guerra ou as restrições claramente depressivas e aprofundadoras das desigualdades com os planos de ajuste estrutural. Procura-se identificar os condicionantes postos por esse processo e suas consequências na ordem social, nos conflitos políticos, nas configurações produtivas.
Este livro mostra o papel decisivo do poder público para desenhar o desenvolvimento dos Estados Unidos. A ação dos estados e governos locais promoveu a construção de infraestrutura na primeira metade do século XIX – e o país foi mudando de cara.
Este volume traz ao leitor brasileiro uma visão sintética de três importantes sistemas de educação superior. Alemanha, Estados Unidos e França foram os países escolhidos pela relevância que tiveram na “exportação” de modelos de ensino superior. A versão moderna da instituição universidade toma como referência as ideias do filósofo Wilhelm von Humboldt, fundador da Universidade de Berlim (hoje, Humboldt-Universität), em 1810. A Alemanha forneceu a muitos países a inspiração para que se replicasse a chamada universidade humboldtiana, marcada, entre outas características, pela incorporação da atividade de pesquisa à prática pedagógica. O ensino superior nos Estados Unidos é um dos herdeiros dessa tradição. Entre o final do século XIX e o começo do século XX, centenas de intelectuais norte-americanos completaram sua formação superior na Alemanha e inspiraram-se no modelo germânico para criar as primeiras “universidades de pesquisa” norte-americanas. O terceiro modelo é o francês. A terra de Descartes e dos iluministas não apenas sediou as primeiras elaborações de campos científicos decisivos, como Química, Matemática, Geografia, Biologia, entre outras disciplinas: missões francesas também criaram escola e influenciaram fortemente o desenho institucional da Universidade de São Paulo, desde sua fundação, em 1934.
Na década de 1920, algumas instituições organizaram-se com o intuito de legitimar a atuação de seus associados no campo educacional que estava se estruturando, como ocorreu com a Sociedade de Educação de São Paulo, que foi fundada com a finalidade de congregar membros do magistério em seus vários níveis, dos setores público e privado, com ideias e interesses comuns, tendo uma intensa atuação no cenário educacional do período. A obra pretende recuperar aspectos da criação e do funcionamento da Sociedade de Educação, seu papel e posição na estruturação do campo educacional. A partir deste estudo, veremos quais são as principais questões discutidas no âmbito da entidade e ainda quem eram seus membros.
Neste livro de Caroline Mitrovich, a autora realiza a análise de três ensaios fundamentais de Walter Benjamin: Experiência e pobreza, Sobre alguns temas em Baudelaire, Sobre o conceito de história. O propósito por trás dessa avaliação reside em sua tentativa de desvelar as contribuições do filósofo alemão para o campo da Educação. Estas obras de Benjamin contempladas aqui estão centradas nos conceitos de formação cultural e experiência, formulados pelo filósofo como alternativas à ideia de formação pautada na rigidez do saber científico. Caroline Mitrovich reflete sobre como essas concepções contribuem para uma visão que se opõe à hegemonia do pensamento cartesiano e lógico, abrindo mais possibilidades para o processo de formação do indivíduo. Neste estudo denso, o livro busca na filosofia benjaminiana os conceitos para avaliar a Educação.