Estudos sobre projeto nacional e desenvolvimento agrário na era da economia globalizada
Neste livro os autores partem dos vínculos entre questão agrária e projeto nacional de desenvolvimento no contexto do século XXI, enveredando nos caminhos pelos quais a agricultura de países em desenvolvimento, em especial o Brasil, conectou-se com a economia mundial do pós-guerra. Tenta-se enquadrar o mundo "agro" aos estudos de economia política internacional, em particular os que examinam peculiaridades dos países em desenvolvimento em contextos cambiantes, como o cenário "desenvolvimentista" dos trinta anos do pós-guerra ou as restrições claramente depressivas e aprofundadoras das desigualdades com os planos de ajuste estrutural. Procura-se identificar os condicionantes postos por esse processo e suas consequências na ordem social, nos conflitos políticos, nas configurações produtivas.
Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes foi professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos (INCT-Ineu) e colaborador da Fundação Perseu Abramo (FPA). Gradou-se e doutorou-se pela Universidade de São Paulo (USP). Foi colaborador do programa de Pós-Graduação em Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); professor do Programa de Ensino e Pesquisa em Relações Internacionais da Unesp, Unicamp e PUC-SP (Programa San Tiago Dantas). Entre outras publicações, lançou Estado, desenvolvimento e globalização (Editora Unesp, 2006); Educação à distância e ensino superior – introdução didática a um tema polêmico (Editora Senac, 2010). E pela Fundação Perseu Abramo lançou Bloco de Esquerda e Podemos: dois experimentos de organização na nova esquerda europeia (2016); e Rural, Agrário, Nação: Reflexões sobre políticas e processos de desenvolvimento na era da globalização; Capitalismo, classe trabalhadora e luta política no início do século XXI (2017); e Os ricos e poderosos (2019). Faleceu em 26 de agosto de 2019.
Carlos Henrique Goulart Árabe é economista e mestre em Ciência Política. Doutorando em Ciência Política no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH-Unicamp).
É mestre em Ciência Política pela Unicamp e foi professora da UFRN. Publicou, pela Editora Unesp, As cidades cercam os campos (2008, em coautoria com Reginaldo C. Moraes e Carlos Henrique Goulart Árabe) e O peso do Estado na pátria do mercado (2013, coautoria com Reginaldo C. Moraes).
Este livro mostra o papel decisivo do poder público para desenhar o desenvolvimento dos Estados Unidos. A ação dos estados e governos locais promoveu a construção de infraestrutura na primeira metade do século XIX – e o país foi mudando de cara.
Este volume traz ao leitor brasileiro uma visão sintética de três importantes sistemas de educação superior. Alemanha, Estados Unidos e França foram os países escolhidos pela relevância que tiveram na “exportação” de modelos de ensino superior. A versão moderna da instituição universidade toma como referência as ideias do filósofo Wilhelm von Humboldt, fundador da Universidade de Berlim (hoje, Humboldt-Universität), em 1810. A Alemanha forneceu a muitos países a inspiração para que se replicasse a chamada universidade humboldtiana, marcada, entre outas características, pela incorporação da atividade de pesquisa à prática pedagógica. O ensino superior nos Estados Unidos é um dos herdeiros dessa tradição. Entre o final do século XIX e o começo do século XX, centenas de intelectuais norte-americanos completaram sua formação superior na Alemanha e inspiraram-se no modelo germânico para criar as primeiras “universidades de pesquisa” norte-americanas. O terceiro modelo é o francês. A terra de Descartes e dos iluministas não apenas sediou as primeiras elaborações de campos científicos decisivos, como Química, Matemática, Geografia, Biologia, entre outras disciplinas: missões francesas também criaram escola e influenciaram fortemente o desenho institucional da Universidade de São Paulo, desde sua fundação, em 1934.
Neste livro, a partir da análise do exemplo dos Estados Unidos, Reginaldo C. Moraes investiga o universo das rápidas metamorfoses no mundo do trabalho contemporâneo (geradas, principalmente, pela revolução tecnológica em curso), em que novas habilidades são necessárias para a codificação das tarefas. Isso exige uma mudança nos métodos de aprendizado laborial na graduação, o que vem transformando o perfil do trabalhador.
Este livro reúne textos de Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes, professor, intelectual, pesquisador e ativo colaborador de iniciativas que contribuíram de modo efetivo na cena política. Reginaldo Moraes nos deixou precocemente em 2019. No ano seguinte, dois professores – Sebastião Velasco e Cruz e Luis Fernando Vitagliano – se debruçaram sobre sua imensa produção para compilar um belo conjunto que merece ser amplamente conhecido e debatido.
Este livro analisa uma parte da história do Jardim América, que se inicia com o primeiro projeto proposto pelo escritório dos urbanistas Raymond Unwin e Barry Parker na Inglaterra e vai até o processo de seu tombamento como patrimônio paisagístico na cidade de São Paulo.