Textos selecionados
A fisiocracia foi muito mais do que a primeira escola de pensamento econômico da história. O grupo formado e liderado pelo cirurgião e médico da corte de Luís XV, François Quesnay, compartilhava um sistema teórico bastante sofisticado e coeso, produto de uma visão abrangente do mundo e base de um vasto programa de reformas econômicas e políticas, a partir do qual buscou influenciar o debate e as políticas econômicas francesas da década de 1760. O legado da fisiocracia para a ciência econômica é inegavelmente grandioso, ao mesmo tempo em que é profundamente ambivalente. Por um lado, nasce ali um novo tipo de saber que não apenas tematiza a interdependência das diferentes classes e setores da economia ou o caráter circular e cíclico da produção e da circulação das riquezas, mas também traz consigo um novo modo de pensar o econômico, a modelagem – um modo tão inovador que será necessário mais de um século e meio até que ele se torne a norma entre economistas. Por outro, também nasce ali a arrogância de um especialista que se acredita em posse de um saber superior a respeito do funcionamento da sociedade e que acredita, no pior dos casos, que lhe cabe empregar todos os meios disponíveis, inclusive violentos, na tentativa de conformar o mundo a esse saber, ou, no melhor, lamenta a teimosia de todos aqueles que se recusam a ver em seus ensinamentos uma verdade absoluta.
François Quesnay (1694 - 1774) foi um médico e economista francês que se destacou como principal figura da escola dos fisiocratas.
Victor Riqueti, marquês de Mirabeau (1715-1789) foi um economista e filósofo francês.
Nicolas Baudeau (1730-1792) foi um clérico católico, teólogo e economista francês.
Pierre-Paul Lemercier1 de la Rivière (1719-1801) foi um administrador colonial e fisiocrata francês.
Pierre Samuel du Pont de Nemours (1739-1817) foi um escritor, economista, editor e oficial governamental franco-americano. Durante a Revolução Francesa, ele e sua famiília imigraram para os Estados Unidos.
Leonardo André Paes Müller é doutor em Filosofia pelas universidades de São Paulo e Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Está finalizando pós-doutorado em Filosofia na USP e é membro do laboratório A imaginação econômica. Pesquisa a história da epistemologia da ciência econômica e das interações entre a ciência econômica e o pensamento liberal.
O volume é uma coletânea contendo textos de Rousseau que dizem respeito diretamente à política e à administração pública. No livro, incluem-se as cartas trocadas entre Rousseau e o conde de Buttafoco, aristocrata e militar que foi adversário político do jovem Napoleão; o texto “Projeto de constituição para a Córsega”, que delineia suas ideias para uma constituição e um plano de governo para o país que então era independente; e “Considerações sobre o governo da Polônia e sua reforma projetada”, que discute uma possível nova constituição para a Polônia, aplicando os princípios elaborados por Rousseau em “Do contrato social” a problemas concretos.
Neste clássico da filosofia política, Montesquieu discute a importância da separação de poderes como forma de garantir a liberdade e evitar o abuso de poder. Ele argumenta que o poder deve ser dividido entre o legislativo, o executivo e o judiciário, e que cada um deve exercer sua função de forma independente. O filósofo também discute como diferentes tipos de governo podem funcionar em diferentes tipos de sociedade, e como o clima e outras particularidades do território podem afetar o caráter de um povo. Sua obra teve grande influência na formação dos governos modernos e na teoria política em geral.
Etocracia propõe uma aliança inquebrável entre a moral e a política. O que está em jogo, para o barão d’Holbach, é nada menos que a velha arte de governar, que ele apresenta em novas roupagens, apelando a uma ordem natural onipresente que é também, em grande medida, onipotente. Para esse moralista, que é também um naturalista, o bom governo e a tirania jamais se confundem, e seria trágico querer tomar esta última, deplorável exceção, como regra ou verdade do governo dos povos.
Sócrates (469 - 399 a.C.) propunha a educação como autodescoberta, a filosofia como preparação para a vida. Condenado à morte sob a acusação de corromper os jovens, suas doutrinas alcançaram uma posteridade que, após 25 séculos, o incorpora como mestre de todos os tempos. Gottlieb nos cativa como pensamento daquele que é considerado o pai fundador da filosofia ocidental.
Filósofo inglês que desenvolveu uma das mais importantes contribuições contemporâneas sobre filosofia moral, o autor propicia, nesta obra, uma excelente oportunidade de verificar como, com clareza e vigor estilístico, apresenta suas sugestões e as relaciona com outras correntes filosóficas. Reunião de ensaios que resultaram de conferências apresentadas nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Suécia evidencia como a filosofia moral é o ponto em que os filósofos mais se aproximam de questões cotidianas de moral e política. Apresenta o empreendimento da Filosofia Moral, a Taxonomia das Teorias Éticas (envolvendo Taxonomia, Naturalismo, Intuicionismo, Emotivismo e Racionalismo) e refere-se a Kant.