Etocracia propõe uma aliança inquebrável entre a moral e a política. O que está em jogo, para o barão d’Holbach, é nada menos que a velha arte de governar, que ele apresenta em novas roupagens, apelando a uma ordem natural onipresente que é também, em grande medida, onipotente. Para esse moralista, que é também um naturalista, o bom governo e a tirania jamais se confundem, e seria trágico querer tomar esta última, deplorável exceção, como regra ou verdade do governo dos povos.
Escritor, filósofo e enciclopedista, Paul-Henri Thiry, o barão de Holbach (1723-1789), foi um importante expoente do Iluminismo na França. De origem alemã e expressão francesa, ficou conhecido por seu pensamento materialista e suas fortes convicções antirreligiosas. Holbach manteve um salão literário em Paris que foi um importante ponto de encontro dos intelectuais da época, frequentado por nomes como Diderot, D’Alembert, Buffon e Rousseau, entre outros.
A fisiocracia foi muito mais do que a primeira escola de pensamento econômico da história. O grupo formado e liderado pelo cirurgião e médico da corte de Luís XV, François Quesnay, compartilhava um sistema teórico bastante sofisticado e coeso, produto de uma visão abrangente do mundo e base de um vasto programa de reformas econômicas e políticas, a partir do qual buscou influenciar o debate e as políticas econômicas francesas da década de 1760. O legado da fisiocracia para a ciência econômica é inegavelmente grandioso, ao mesmo tempo em que é profundamente ambivalente. Por um lado, nasce ali um novo tipo de saber que não apenas tematiza a interdependência das diferentes classes e setores da economia ou o caráter circular e cíclico da produção e da circulação das riquezas, mas também traz consigo um novo modo de pensar o econômico, a modelagem – um modo tão inovador que será necessário mais de um século e meio até que ele se torne a norma entre economistas. Por outro, também nasce ali a arrogância de um especialista que se acredita em posse de um saber superior a respeito do funcionamento da sociedade e que acredita, no pior dos casos, que lhe cabe empregar todos os meios disponíveis, inclusive violentos, na tentativa de conformar o mundo a esse saber, ou, no melhor, lamenta a teimosia de todos aqueles que se recusam a ver em seus ensinamentos uma verdade absoluta.
Sócrates (469 - 399 a.C.) propunha a educação como autodescoberta, a filosofia como preparação para a vida. Condenado à morte sob a acusação de corromper os jovens, suas doutrinas alcançaram uma posteridade que, após 25 séculos, o incorpora como mestre de todos os tempos. Gottlieb nos cativa como pensamento daquele que é considerado o pai fundador da filosofia ocidental.
Desde sempre a Filosofia estuda o chamado “destino da civilização”, discutindo quando e como nossos problemas começaram e onde estaria nosso fim inevitável. Neste pequeno Esperanças, Paolo Rossi, ilustre historiador das ideias, trata da ausência de esperança e da falência das previsões catastróficas, mas também da “esperança sem limite”, dos paraísos imaginários e do mito do novo homem.
Diariamente, ainda que muitas vezes sem se dar conta, o ser humano é posto diante de ponderações e até de dilemas de natureza ética e moral. Bem-humorado e acessível, este livro combina profundidade, rigor e apuro estilístico para abordar as principais questões que tensionam o debate de temas como nascimento, morte, felicidade, desejo e liberdade, trazendo à reflexão o próprio significado da vida e pregando a desconfiança diante de verdades absolutas contidas nas frases de efeito que muitas vezes impregnam os debates morais.
Ao investigarem “a morte do autor” e a falência da linguagem, os críticos dão com a arma do crime com as impressões digitais de Derrida (1930 - 2004). Nenhum outro filósofo levantou tanta suspeita ou foi tão desafortunadamente desfigurado. Johnson nos mostra que “desconstrução” não significa “destruição” e que em Derrida se pode conhecer o que há de mais relevante sobre nosso tempo.