Situada no cruzamento entre as ciências físicas e biológicas, a química não trata do infinitesimal ou do monumental, nem trata diretamente da vida. Por isso, às vezes é considerada sem graça, como costumam ser aquelas coisas a meio caminho. Mas, como demonstra o Prêmio Nobel Roald Hoffmann, os seres humanos existem justamente nesse meio de caminho, onde há um mundo molecular complexo e agitado, como as emoções dos supostamente desapaixonados cientistas que o exploram. Em O mesmo e o não-mesmo, Hoffmann faz pela química o que Stephen Hawking fez pela cosmologia: esclareceu uma ciência que para muitos estava cercada de mistério.
Roald Hoffman é John A. Newman Professor de Ciências Médicas na Cornell University. Além de ter dividido, em 1981, o Prêmio Nobel de Química com Kenichi Fukui, foi agraciado com a Medalha Priestley da Sociedade Americana de Química e com os prêmios Arthur C. Cope de Química Orgânica e ACS de Química Inorgânica. Foi também apresentador de um documentário para a televisão norte-americana, em 26 episódios, intitulado O mundo da Química.
Uvas e vinhos: química, bioquímica e microbiologia é uma obra produzida por professores e pesquisadores de diferentes instituições de ensino, nacionais e internacionais, que pretende transmitir a estudantes e profissionais da área de enologia conhecimentos em língua portuguesa sobre a vitivinicultura. Nesse sentido, este livro foi organizado de modo didático e escrito com estilo acessível, porém com a profundidade analítica exigida pelo conhecimento científico. Apresentados os conceitos da química, da bioquímica e da microbiologia envolvidos na elaboração de vinhos - desde a matéria-prima até o produto final -, os autores esperam contribuir para a ampliação do conhecimento sobre o tema não apenas no meio acadêmico e técnico como também nos grupos apreciadores da "arte" do vinho. Em outras palavras, o objetivo prioritário desta obra é que as informações e os conhecimentos aqui apresentados estimulem a formação de pessoas capacitadas para atuar no crescimento e no fortalecimento da vitivinicultura no país.
A palavra caos, desde a Bíblia, é relacionada a tudo aquilo que é instável, desordenado e imprevisível. Prêmio Nobel de Química de 1977, o autor questiona esse conceito. Ao associá-lo a noções de probabilidade e de irreversibilidade, trabalha com descrições estatísticas que reconsideram o conceito de caos, gerando uma nova coerência, que permite o desenvolvimento de uma teoria quântica em que a aparente desordem na relação entre a natureza e o tempo não anuncia o Apocalipse.
Partindo de uma breve reconstrução do caminho que a curiosidade humana trilhou visando entender do que é feita a matéria que nos constitui e se todo o Universo é constituído dessa mesma matéria, o presente livro nos leva, por um lado, a uma visão básica da ciência que trata das regiões mais internas do átomo, ao mesmo tempo que discute procedimentos, já desenvolvidos e em desenvolvimento, para extrair a energia lá contida. O texto dá destaque para as novas perspectivas abertas pela possível utilização da enorme quantidade de energia disponível nos núcleos atômicos, enquanto também aponta para a sempre presente dicotomia entre seu possível uso bélico e o uso para fins pacíficos. À margem dessa dicotomia, o texto enfatiza a necessidade do aproveitamento socialmente consequente da energia nuclear e mostra que ainda há muito por fazer em relação às tecnologias ligadas à sua geração, quer através da fissão ou da fusão nuclear, e à utilização dessa forma de energia de maneira segura.
Importante obra de referência em área ainda carente de publicações especializadas, este livro enfoca a classificação das rochas magmáticas, estudando seu conteúdo mineral e sua composição química. A seguir, refere-se à atividade química de alguns elementos do magma, principalmente o silício e o sódio. Por último, vincula a ocorrência das diferentes rochas magmáticas e os diversos ambientes tectônicos definidos pela teoria das placas. Indicado a estudantes de Geologia, Geografia e Ecologia, destina-se, também, àqueles que se interessam pelas ciências naturais, com conhecimentos básicos de mineralogia, química e geologia. O autor aborda os aspectos mineralógicos, químicos, termodinâmicos e tectônicos e recupera constantemente as noções básicas, oferecendo uma visão geral e a integração dos tópicos estudados.
Importante para o estudo da qualidade das águas, considerando que a radioatividade é um parâmetro que não pode ser descartado quando se busca uma apropriada gestão dos recursos hídricos, esta obra aborda a evolução hidroquímica regional no Aqüífero Guarani (Aqüífero Gigante do Mercosul), uma das maiores reservas mundiais de água subterrânea compartilhada. Apresenta as potencialidades e limitações do uso hidrogeoquímico dos isótopos de urânio nas águas subterrâneas da Bacia Sedimentar do Paraná e do Maciço Alcalino de Poços de Caldas. O Aqüífero foi pesquisado especificamente quanto ao comportamento geoquímico do urânio e de alguns de seus descendentes, na natureza e sob condições controladas de laboratório. Os resultados podem subsidiar um melhor conhecimento dos mecanismos de transporte de urânio, importante constituinte do resíduo de transurânicos. Aborda também os mecanismos de enriquecimento de 234U em águas subterrâneas de Aqüífero Cárstico, a dissolução de urânio em granitos e solos e mecanismos de transferência de 222Rn para as águas.