Por que lemos literatura e como a julgamos? O clássico de C. S. Lewis Um experimento na crítica literária nasce da convicção de que a literatura existe para o prazer do leitor e de que os livros devem ser julgados pelo tipo de leitura que ensejam. É crucial à sua ideia de avaliação da literatura o compromisso de ser apartar de expectativas e valores alheios à obra, para que ela seja analisada sem preconceitos. Em meio a toda a complexa miscelânea das teorias críticas atuais, as questões que levanta em relação à experiência de ler atestam o valioso bom senso, caráter inovador e perfil estimulante característicos da sabedoria de C. S, Lewis.
Clive Staples Lewis, autor e escritor irlandês (1898-1963), é célebre por seu trabalho acadêmico sobre literatura medieval e pela apologética cristã que desenvolveu em obras e palestras. Nos últimos anos, ganhou destaque por seu autor da famosa série de livros infantis As crônicas de Nárnia, levada ao cinema com grande sucesso.
Escrito a muitas mãos por professores e pesquisadores de diferentes instituições brasileiras, este livrose ocupa do inventor do Sítio do Picapau Amarelo. Precedido de discussões breves sobre linguagem, imagens, ilustrações e práticas editoriais do escritor, cada capítulo dedica-se a um título de sua produção infantil. Além de permitir sempre um novo olhar sobre a expressividade e o significado de cada livro de Monteiro Lobato direcionado às crianças brasileiras, uma das novidades desta coletânea é apresentar o percurso cumprido obra a obra, empreendendo uma visita à oficina do autor e buscando recuperar a forma com que ele se dedicava a reescrever seus textos, promovendo numerosas alterações e renovando, a cada edição, o pacto estabelecido com seus leitores.
Marxismo e crítica literária consiste em um criterioso e, ao mesmo tempo, conciso estudo sobre a relação entre o pensamento marxista e a produção artística. Ao longo da obra, Terry Eagleton interpreta textos de Marx e Engels, bem como analisa o trabalho de autores como Plekhanov, Trotski, Lenin, Lukács, Goldmann, Caudwell, Benjamin e Brecht. Uma leitura de referência para a crítica literária.
Trazendo textos de crítica literária escritos para a revista Veja nos anos 1970, Experiência critica supera a mera compilação: organizado pelo próprio autor, o livro convida à reflexão sobre o papel da literatura na sociedade, mediado pela complexa relação entre universidade e imprensa. Não aceitando uma ensaística que subestime o público leitor, Affonso Romano de Sant'Anna buscou em seu trabalho crítico instigar o interesse pela produção literária nacional que então se fazia, estabelecendo uma ponte entre a reflexão acadêmica e o leitor diletante.
Neste livro, Eagleton analisa a relação da literatura com a história, a política, a filosofia e a crítica, revelando como a obra literária se torna um campo de batalha para a luta de ideias, valores e ideologias, sendo muito mais que um reflexo da realidade: a literatura é um espaço de contestação, de questionamento e de reinvenção do mundo.
Discutindo conceitos fundamentais, como ideologia, significação e discurso, e analisando escolas que se aproximam das idéias de F. R. Leavis, o marxismo althusseriano, o pós-estruturalismo de Foucault e Derrida e o New Historicism, os autores defendem que existem importantes deficiências nas bases conceituais e nas implicações políticas e literárias da teoria literária contemporânea.