Escrito a muitas mãos por professores e pesquisadores de diferentes instituições brasileiras, este livrose ocupa do inventor do Sítio do Picapau Amarelo. Precedido de discussões breves sobre linguagem, imagens, ilustrações e práticas editoriais do escritor, cada capítulo dedica-se a um título de sua produção infantil. Além de permitir sempre um novo olhar sobre a expressividade e o significado de cada livro de Monteiro Lobato direcionado às crianças brasileiras, uma das novidades desta coletânea é apresentar o percurso cumprido obra a obra, empreendendo uma visita à oficina do autor e buscando recuperar a forma com que ele se dedicava a reescrever seus textos, promovendo numerosas alterações e renovando, a cada edição, o pacto estabelecido com seus leitores.
Marisa Lajolo é professora da Unicamp e da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Publicou várias obras sobre leitura no Brasil. Coordenou o projeto temático que trabalhou com a documentação lobatiana depositada na Unicamp. Em parceria com João Luís Ceccantini, organizou a obra 'Monteiro Lobato, livro a livro: Obra infantil', eleita pelo Prêmio Jabuti o melhor livro de 2009 na categoria não ficção.
Professor de Literatura Brasileira na Faculdade de CIências e Letras da Unesp, câmpus de Assis, e desde 1989 tem realizado pesquisas sobre leitura, literatura infantil e juvenil, formação de leitores e literatura brasileira contemporânea. Atualmente, é coordenador do Grupo de Pesquisa "Leitura e Literatura Infantil e Juvenil" da ANPOLL – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, ambos congregando professores de diversas universidades brasileiras.
Por que lemos literatura e como a julgamos? O clássico de C. S. Lewis Um experimento na crítica literária nasce da convicção de que a literatura existe para o prazer do leitor e de que os livros devem ser julgados pelo tipo de leitura que ensejam. É crucial à sua ideia de avaliação da literatura o compromisso de ser apartar de expectativas e valores alheios à obra, para que ela seja analisada sem preconceitos. Em meio a toda a complexa miscelânea das teorias críticas atuais, as questões que levanta em relação à experiência de ler atestam o valioso bom senso, caráter inovador e perfil estimulante característicos da sabedoria de C. S, Lewis.
Este livro volta-se ao público com uma provocação: o que é a literatura? A pergunta aparentemente simples guarda inúmeras armadilhas. Quais os limites da literatura? Quais são os seus tipos, suas modalidades, seus gêneros? E, mais que isso: como a ideia do que é literatura se alterou com o tempo? Para todas as idades, este texto, por seu tom saborosamente literário, acaba ele mesmo sendo objeto entre os territórios investigados em suas páginas.
Marisa Lajolo e Regina Zilberman apresentam aqui um traçado consistente do nascimento, da consolidação e das transformações das práticas de leitura da sociedade brasileira, sem ignorar o fato de que cada época, cada obra e cada autor trazem consigo características próprias. Por esse viés, acompanhamos, fascinados, o amadurecimento do leitor – o que, por consequência, também nos esclarece sobre as conexões intrínsecas entre o universo fantasioso (e fantástico) da literatura e o mundo social em que habitamos.
Estuda todos os 28 livros de Lobato dirigidos ao público adulto, por meio de ensaios que analisam e interpretam o pensamento social, político e estético do incontrolável autor de Cidades mortas e O escândalo do petróleo. Sua obra adulta apresenta um lado menos conhecido de Monteiro Lobato: visionário, polêmico, empreendedor, inovador, nacionalista, militante.
Neste livro, Elisângela da Silva Santos investiga qual seria o "projeto" de nação - compreendida como projeto político social - na obra destinada ao público infantil de Monteiro Lobato, conhecida também como uma literatura pedagógica. A autora acredita na possibilidade de Lobato ser visto como integrante da galeria de nossos pensadores sociais, pois em seu gênero literário infantil ressoa uma visão de país, um diagnóstico e um projeto de futuro para o Brasil. Nesse sentido, a autora discute a possibilidade de tomar a literatura lobatiana como elemento de compreensão da realidade social brasileira dos anos 1920 e 1930. Assim, Elisângela Santos procura ver na obra de Lobato uma crítica à sociedade em que vivia o escritor que, além de estar preocupado com questões estéticas e linguísticas de seu tempo, sempre formulou críticas à nossa "parasitia intelectual", aos intelectuais e à elite que, segundo ele, assistia de braços cruzados aos diversos problemas de ordem social política e econômica, sem propor alternativas de mudanças.