Representações internacionais sobre o Brasil (em UOL e Le Monde)
No cenário da comunicação digital, a crescente influência dos aplicativos de notícias – que abastecem instantaneamente o usuário por meio de um feed, com recortes de atualidades considerados relevantes – é decisiva para a construção de efeitos de sentidos a respeito dos fatos divulgados e consequentes registros de memória. Este livro deriva de ampla pesquisa que investigou esses efeitos em notícias veiculadas em dois aplicativos, um nacional (UOL, vinculado a um dos portais mais acessados do país, que divulga conteúdo do jornal Folha de S.Paulo) e um internacional (Le Monde), com respaldo no quadro teórico-metodológico da Análise do Discurso de linha francesa, priorizando as noções de destacamento e destacabilidade. Em seu conjunto, os capítulos do livro permitem o aprofundamento da visão sobre a cobertura midiática a respeito do Brasil em nível internacional. Os resultados demonstram que a constituição de identidades é amplamente afetada pelos modos de funcionamento jornalístico, cuja discursividade pauta-se no que chamamos de uma sintaxe do destacamento.
Érika de Moraes é graduada em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), e em Letras pela Universidade do Sagrado Coração (USC); é mestre e doutora em Linguística pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e possui pós-doutoramento pela Université Paris-Sorbonne (Paris IV). É professora do Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da Unesp,campus de Bauru, e atua no Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, campus de São José do Rio Preto. Érika de Moraes Aplicativos de no
Este livro investiga a atividade editorial de Monteiro Lobato entre 1918 e 1925 a partir do levantamento e a análise de documentos até agora inéditos entre os pesquisadores que se debruçaram sobre o projeto intelectual lobatiano. A investigação do material numa perspectiva histórica permitiu à autora revisar a prática editorial de Lobato e definir com mais precisão quando ela foi e não foi revolucionária, reavaliando criticamente os estudos que habitualmente retratam o trabalho editorial de Lobato como absolutamente inovador. Além disso, Cilza Bignotto demonstra como a atividade editorial lobatiana permitiu a construção de redes extensas de sociabilidade entre vários intelectuais, o que contribuiu sobremaneira para a construção de sua própria figura de autor, além de sua inserção e consolidação no campo literário paulista e nacional da época.
Este livro, preparado com base no exame de cerda de 5.800 projetos de leitura em andamento no Brasil, é construído de pequenos verbetes articulados entre si, que poderão ser lidos conforme as necessidades e os interesses do leitor. Trata-se de uma obra arejada e reflexiva, que certamente será um instrumento valioso para o trabalho daqueles que se dedicam a formar leitores-cidadãos.
O que as colunas de astrologia realmente dizem? Adorno mobiliza crítica social e psicanálise freudiana a fim de expor como a ideologia do capitalismo tardio tem a força insidiosa de configurar até mesmo o que dizem os astros.
Um panorama da vida escolar pelos olhos da mídia impressa Atualizado recorte da história da educação, esta obra traça um quadro peculiar, ao investigar uma história imediata produzida pelos efêmeros produtos da lógica do marketing e pelas disputas no campo jornalístico.
Em meio a um acelerado avanço tecnológico, o mundo capitalista se viu às voltas, no final do século XX, com uma variedade de males que acreditava haver erradicado: desemprego, depressões cíclicas, população indigente em meio a um luxo abundante e o Estado em crise. As próprias revoluções tecnológicas nas áreas do átomo, da informação e da genética se desenvolvem num estado de vazio ético no qual as referências tradicionais desaparecem. Um claro paradoxo se instala nas sociedades pós-modernas: ao mesmo tempo que se libertam das amarras dos valores de referência, a demanda por ética e preceitos morais parece crescer indefinidamente. O economista Gilberto Dupas busca, neste livro, em 2ª edição revista e ampliada pelo autor, uma ética para os novos tempos capaz de introduzir o dever onde tudo é poder. E pergunta-se como o Estado poderia recuperar sua condição de efetivo representante da vontade da sociedade civil.