Um dos últimos tabus dos nossos tempos, a “morte voluntária” sempre apareceu em discussões filosóficas e representou um desafio aos valores tradicionais
Albert Camus disse que “só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio”. Para ele, o “resto” vinha depois. Mas, se a questão da morte voluntária é reconhecida como relevante, o ato em si nunca deixou de ser objeto de reprovação social e religiosa. De fato, mesmo nos dias desassombrados da contemporaneidade, falar sobre suicídio é tabu, o que denota o emaranhado de elementos antropológicos, psicológicos e éticos que assolam o tema. As complexidades desse terreno são enfrentadas em História do suicídio: a sociedade ocidental diante da morte voluntária, do historiador Georges Minois, em que se faz um denso apanhado sobre o “assassinato de si mesmo” ao longo da história humana.
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