Devido à centralização do Estado, preocupado com a vigilância e a censura, falsificações invadiram o mercado francês, alimentando as ideias que explodiriam na Revolução Francesa
Como explicar o poder dos livros durante o Iluminismo se ignorarmos o funcionamento da indústria editorial daquele tempo? De saída, vale a pena mencionar que pelo menos metade dos livros vendidos na França entre 1750 e 1789 foram pirateados. Mas por quê? Devido às políticas do Estado, preocupadas com a vigilância e a censura, a chamada Guilda de Paris monopolizou a impressão de livros, levando livreiros das províncias a buscar editoras que produziam livros franceses em locais estratégicos fora das fronteiras do reino. Portanto, as falsificações, mais baratas que as obras produzidas em Paris, invadiram o mercado francês, pavimentando as ideias que inspiraram a Revolução Francesa.
Para explicar essa força, mostrando como operava a indústria da publicação, Robert Darnton mergulha em Pirataria e publicação: o comércio de livros na era do Iluminismo, lançamento da Editora Unesp, em que explora as maneiras como os editores procediam – seus modos de pensar e suas estratégias para traduzir capital intelectual em valor comercial.
Assista ao booktrailer abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=XIf6bDtdBA8