Obra traz conceitos-chave na ontologia do filósofo, que também delimitam
também o espaço da metafísica em sua concepção
Incluir tudo o que existe – mesmo aquilo que não se tem ciência – em categorias, de modo a estudar esses elementos como conjunto, é premissa básica da filosofia de Aristóteles. A partir de Categorias, texto que acaba de ganhar nova tiragem, Aristóteles fundamenta a filosofia que será a espinha dorsal do pensamento ocidental posterior. O leitor é brindado, ainda, com uma cuidadosa edição bilíngue espelhada direto do grego.
“O texto de Aristóteles que traz esse nome e de que o público brasileiro encontra aqui, enfim, uma tradução confiável devida à pena precisa de José Veríssimo Teixeira da Mata, foi dos tratados do Mestre o que esteve mais continuamente presente em toda a história da filosofia”, escreve o filósofo Francis Wolff, especialmente para o prefácio desta edição. “É por sua leitura que a civilização medieval forjou os primeiros rudimentos de sua lógica, graças à tradução latina que Boécio dele fizera.”
O filósofo grego propõe que a multiplicidade de seres pode ser classificada em dez categorias, com base em suas propriedades gerais: substância; quantidade; relação; qualidade; quando; onde; estar em uma posição; ter; fazer; sofrer. Todos os demais estariam subordinados a essa classificação mais geral de conceitos: ou seja, esse leque de possibilidades ontológicas daria conta da classificação mais genérica de qualquer ser existente no mundo.
Ao longo de cinco capítulos, José Veríssimo Teixeira da Mata, que estudou letras clássicas e filosofia na Universidade de São Paulo, é mestre em filosofia da lógica e autor de notas em Da interpretação – também de Aristóteles –, concretiza verdadeira imersão na obra aristotélica, munindo o leitor com inúmeras ferramentas bibliográficas para, por fim, apresentar o texto de Aristóteles em sua tradução ao lado dos originais gregos. “Que legado um filósofo deixa, para sempre, a todos os outros? Alguns conceitos. Desse ponto de vista, Aristóteles é um dos mais fecundos e pode-se perguntar o que teria ocorrido a todas as outras filosofias sem os instrumentos conceituais que elas tiraram da sua”, acrescenta Wolff.
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