Artistas que participaram da Semana de 22
Realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna completa 100 anos em 2022.
Momento de ebulição de ideias e vanguardas artísticas, o evento, idealizado por nomes como Oswald e Mário de Andrade e Di Cavalcanti, ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo e foi marcado por apresentações de dança, música, recital de poesias, palestras e exposição de obras de pintura e escultura.
A reação de grande parte da sociedade foi de choque e espanto diante das propostas de renovação artística que o movimento propunha e marcou a Arte Brasileira.
Como forma de marcar essa data tão importante para a cultura nacional, a Editora Unesp oferece 25% de desconto em diversos livros de seu catálogo que tratam de assuntos relacionados ao modernismo. Confira:
Macunaíma: O herói sem nenhum caráter
Autor: Mário de Andrade | 188 páginas | De R$ 45 por R$ 33,75
Em Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade radicaliza o uso literário da linguagem oral e popular que já havia utilizado em seus livros anteriores e mistura folclore, lendas, mitos e manifestações religiosas de vários recantos do Brasil, como se fizessem parte de uma unidade nacional. Macunaíma, que ora é índio negro ora é branco, até hoje é considerado símbolo do brasileiro em vários sentidos: o do malandro esperto, amoral, que sempre consegue o que quer, e o do povo perdido diante de suas múltiplas identidades. Nas palavras do próprio autor, “Macunaíma vive por si, porém possui um caráter que é justamente o de não ter caráter”.
Poesia, mito e história no Modernismo brasileiro – 2ª edição
Autora: Vera Lúcia de Oliveira | 360 páginas | De R$ 78 por R$ 58,50
O Modernismo, além de ter gerado uma revolução estética na literatura, na música e nas artes plásticas, foi um momento único de intenso debate sobre o conceito de identidade nacional. Nunca antes a poesia esteve tão próxima do contexto histórico-social, ideológico e cultural, tendo como um de seus principais objetivos mostrar as faces contraditórias e diversificadas do país. Com a análise de textos fundamentais da poesia modernista brasileira, mostra-se aqui como se cumpriu a difícil tarefa de aliar as peculiaridades e heranças de uma cultura com o tratamento de valores e questões universais.
Política do modernismo
Autor: Raymond Williams | 328 páginas | De R$ 72 por R$ 54
Nesta obra, o intelectual britânico reafirma a radicalidade da sua crítica cultural – e social. Revela, ainda, uma inquietante preocupação com a relação ambivalente entre política revolucionária socialista e vanguarda artística. O teórico investiga as raízes do modernismo e o contextualiza não só nas profundas transformações sociais da época, mas também nas relações de produção das quais participavam seus artistas expoentes nos centros de dominação metropolitana.
Cinematographos
Autor: Guilherme de Almeida | Orgs. Donny Correia e Marcelo Tápia | 679 páginas | De R$ 110 por R$ 82,50
Crítica cinematográfica: uma vertente - hoje quase desconhecida - da produção do poeta modernista Guilherme de Almeida (1890-1969) que certamente causa uma grata surpresa ao leitor. Por meio dela, aqui representada por 218 textos, publicados entre 1926 e 1942 no jornal O Estado de S. Paulo, é possível reviver o período de transição entre a "arte do movimento silencioso" e o filme falado, bem como a presença pujante dos cinemas em São Paulo nas primeiras décadas do século XX e sua importância no cotidiano cultural da cidade.
Carlos Gomes: um tema em questão
Autor: Lutero Rodrigues | 344 páginas | De R$ 74 por R$ 55,50
Carlos Gomes: um tema em questão concentra-se sobre a vida e a obra de Antônio Carlos Gomes, considerado o “primeiro gênio musical não só da América do Sul como de todo o Novo Mundo”, alguém que alcançou reconhecimento dos intelectuais do início do século XIX e assistiu ao próprio sucesso ser festejado entre diversas camadas sociais.
Muito além do melodramma
Autor: Marcos Pupo Nogueira | 320 páginas | De R$ 76 por R$ 57
Os prelúdios e sinfonias de Carlos Gomes contrastam com os rótulos associados a ele ao longo do tempo: ora um compositor romântico e um melodista "inspirado", ora um compositor conservador e datado que realizou "transplantações para o nosso mundo dinâmico de melodias mofinas e lânguidas, marcadas pelo metro de outras gentes", como o definiu, numa velada referência, o modernista Graça Aranha durante a conferência inaugural da Semana de 22. Essas críticas realizadas pelos modernistas desencorajam durante muito tempo uma avaliação mais profundo da obra de Gomes. Neste livro, Marcos Pupo Nogueira analisa a extensão e a diversidade dos diálogos do compositor paulista com as estéticas musicais dos anos 1970, 1980 e início dos 1990 do século XIX e demonstra como as ideias de Gomes para o gênero orquestral contribuíram para o processo de transformações pelas quais têm passado essas formas sinfônicas desde se surgimento no século XVII.
Aberturas e impasses
Autor: Paulo de Tarso Salles | 264 páginas | De R$ 65 por R$ 48,75
Em Aberturas e impasses, Paulo de Tarso Salles examina o conceito de pós-moderno, em suas variadas definições e implicações ideológicas, sociológicas e políticas. Com base nesse conceito, discute a música erudita brasileira produzida entre as décadas de 1960 e 1980. Desse modo, levanta os principais debates que alimentaram sua realização. A leitura crítica e rigorosa que Paulo de Tarso Salles faz do tema jamais se perde na discussão do pormenor e do periférico, apesar da diversidade bibliográfica e do pluralismo que necessariamente permeiam uma pesquisa dessa natureza. Por tudo isso, Aberturas e impasses é um trabalho original, que certamente oferece uma original perspectiva metodológica de abordagem da música erudita brasileira.
Lundu do escritor difícil
Autora: Maria Elisa Pereira | 232 páginas | De R$ 60 por R$ 45
Literatura e música entrelaçaram-se na vida de Mário de Andrade, impulsionando-o a viabilizar o Congresso da língua nacional cantada, em 1937. Este livro defende que esse episódio ligou-se à relevância dada pelo Mestre Mário à educação e à cultura como ferramentas reformadoras da sociedade e à atuação de uma elite instruída nesse processo; analisa alguns de seus trabalhos que tenham como fio condutor temas como língua nacional, canção e interpretação buscando o porquê do alto valor atribuído a eles; e apresenta algumas de suas reflexões a respeito de nomes do cenário artístico, nas quais firmou o seu conceito a respeito da função social do intelectual. Além disso, este volume evidencia a pluralidade de ocupações e preocupações do autor de Macunaíma: um pouco de cada faceta sua se revela neste obra, essencial para intérpretes, musicólogos e estudiosos da cultura.
João Batista Vilanova Artigas
Autor: Miguel Antonio Buzzar | 456 páginas | De R$ 102 por R$ 76,50
Tendo em vista lacunas existentes não apenas na historiografia sobre a obra de Vilanova Artigas, mas sobre a arquitetura brasileira em geral, Miguel Antonio Buzzar se empenha em apresentar neste livro um panorama detalhado do Modernismo no Brasil, ao mesmo tempo que o articula com os caminhos da produção de Artigas.
A década de 1920 e as origens do Brasil moderno
Orgs. Helena Carvalho De Lorenzo e Wilma Peres da Costa | 256 páginas | De R$ 74 por R$ 55,50
Nesta coletânea de artigos, a década de 1920 é vista como um marco na alavancagem da modernização do país. Os diversos aspectos econômicos, políticos e sociais deste período são tratados com agudeza e profundidade, traçando um painel ao mesmo tempo apaixonante e elucidativo de um dos momentos fundamentais da história recente do Brasil.