Historiador inglês Peter Burke em live realizada em abril de 2021,
disponível no canal da Editora Unesp no YouTube
Como os historiadores utilizam a teoria social? E os teóricos sociais, como eles empregam a História? Com uma linguagem clara e vigorosa, Peter Burke oferece em História e teoria social – 2ª edição, título selecionado para a seção Clássicos do Catálogo desta semana, algumas respostas de longo alcance para essas questões que se apresentam aparentemente simples, mas que engendram profundas e, por vezes, contraditórias repercussões nas ciências humanas.
Nesta obra clássica, Peter Burke sugere que História e teoria social, áreas tradicionalmente em conflito, deveriam ser consideradas complementares. Os estudiosos das duas esferas de conhecimento contribuiriam de forma mais profunda e ampla com o estudo das ciências humanas se pudessem interromper o “diálogo de surdos” que ainda travam, de acordo com o autor. Ele reconhece, porém, que tem crescido o número de historiadores e teóricos sociais “bilíngues”.
Burke examina aqui a forma como os historiadores têm empregado — ou deveriam empregar – os modelos, métodos e conceitos da teoria social para abordar conflitos latentes, como a oposição entre estrutura e agência humana, que estão no cerne da tensão entre as duas áreas. E também procura demonstrar como a História, por sua vez, foi utilizada para criar e validar teorias sociais. “Espero vir a persuadir os historiadores a levarem a teoria social mais a sério do que muitos deles hoje a levam, e os teóricos sociais a se interessarem mais pela História“, escreve.
Revisada e ampliada, esta segunda edição de História e teoria social contém, ainda, análises sobre temas atuais, como capital social, globalização e pós-colonialismo.
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