Coletânea analisa o que pensavam os ministros da Fazenda de 1889 a 1985

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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Pesquisadores desdobram as trajetórias pessoais, políticas e intelectuais dos personagens que, de alguma maneira, nortearam o desenvolvimento do país entre o advento republicano e o fim do regime militar

Âncora do desenvolvimento nacional, o Ministério da Fazenda nasceu meses após a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808 e, ao longo do Império e, sobretudo na República, acomodou grandes nomes do horizonte político brasileiro, ganhando centralidade nos processos decisórios do rumo da nação pelas trilhas econômicas. Mas quem foram e o que pensavam os homens que ocuparam essa cadeira entre 1889 e 1985? Com objetivo de responder a esta pergunta e desdobrar as trajetórias pessoais, políticas e intelectuais dos ministros da Fazenda do Brasil República, Ivan Colangelo Salomão organizou o livro Os homens do cofre: o que pensavam os ministros da Fazenda do Brasil Republicano (1889-1985), lançamento da Editora Unesp.

“Nesse sentido, faz-se conveniente relatar uma – e não a – história do Brasil por meio de uma instituição que, há́ mais de dois séculos, baliza os caminhos do desenvolvimento brasileiro”, anota o organizador da obra, Ivan Colangelo Salomão. “Em um país de representatividade mosaica, interesses incoadunáveis e tecido social fragilizado, onde desde sempre o personalismo se sobrepôs ao primado das instituições, o Ministério da Fazenda representa a estabilidade de um órgão sob o qual, apesar de todas as vicissitudes que se lhe apresentaram, logrou-se edificar uma das dez maiores economias do planeta.”

Ao longo de 17 ensaios, pesquisadores de diversas universidades brasileiras de debruçam sobre as trajetórias dos mais representativos ministros da Fazenda entre 1889 e 1985, em textos acessíveis ao leitor não iniciado em assuntos econômicos. “Desse modo, a relevância da obra reside não apenas no destrinchar das ideias político-econômicas dos homens que, de alguma maneira, comandaram os rumos do desenvolvimento brasileiro no primeiro centenário de nossa experiência republicana”, pontua Salomão. “Indo além, procurou-se cotejar o pensamento de tais autoridades com as medidas por elas adotam enquanto à frente do principal cargo público da Republica, trazendo à baila os mais significativos acontecimentos econômicos observados durante as respectivas gestões.”

“[O livro] apresenta ao mesmo tempo uma abordagem sintética e um ponto de vista muito original, porque, em lugar de longas narrativas, vai direto ao ponto: o que pensaram, propuseram e fizeram os policymakers com o que sabiam e com o que podiam (cada um é um ser sozinho e suas circunstâncias), com o conhecimento e o entendimento da realidade em que viviam”, escreve o economista Antonio Delfim Netto no prefácio. “Todo cidadão brasileiro pode aprender muito com a leitura deste livro.”

Sobre o organizador – Ivan Colangelo Salomão é professor de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bacharel em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP) e mestre e doutor em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pós-doutor em História pela Universidade da Califórnia (UCLA). Atua como editor dos periódicos Revista de Economia (UFPR), Análise Econômica (UFRGS) e História Econômica & História de Empresas (Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica – ABPHE).

Título: Os homens do cofre: o que pensavam os ministros da Fazenda do Brasil Republicano (1889-1985)
Organizador: Ivan Colangelo Salomão
Número de páginas: 520
Formato: 13,7 x 21 cm
Preço: R$ 89
ISBN: 978-65-5711-045-4

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