Cultura, curiosidades e história na festa do Rei Momo

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Desfile de Carnaval em São Paulo 2004

Neste ano, o Carnaval é comemorado no dia 9 de fevereiro, mas o clima de festa já está no ar. A data, que carrega muita história e tem seu significado discutido por muitos, é lembrada pela Editora Unesp com vários títulos que proporcionam conhecimento sobre a festa mais popular do mundo.

No Brasil, já chegou a ser adiada. Isso aconteceu no ano de 1912 quando José Maria Paranhos da Silva Junior, mais conhecido como Barão do Rio Branco, faleceu. Sua morte foi sentida pela população e pelo governo, que declarou luto oficial e transferiu o Carnaval para o mês de abril. 

O significado da data remete a muitos contextos, inclusive o de que a festa servia para celebrar as grandes colheitas e louvar deuses pagãos na Antiguidade. Incorporado pela Igreja Católica, o Carnaval passou a demarcar a Quaresma, época de jejum para a Páscoa.    

Para deixar o feriado com ainda mais gosto de cultura, a Editora Unesp indica títulos que mergulham no significado, na história e nas curiosidades da festa.

Os carnavais de rua e dos clubes na cidade de São Paulo: metamorfoses de uma festa (1923-1938)

Autora: Zélia Lopes da Silva | Páginas: 268 | ISBN: 978-85-713-9857-3 | Preço: de R$ 48,00 por R$ 10,00

Este livro apresenta uma análise do carnaval de rua e de clubes das décadas de 1920 e 1930, procurando trazer para o leitor as motivações que mobilizaram homens e mulheres em torno dos festejos e, também, perscrutar os significados por eles atribuídos às diversas brincadeiras em que estiveram envolvidos, redefinindo esses festejos, quando eles não mais correspondiam aos seus interesses.

Festa de negro em devoção de branco: do Carnaval na procissão ao teatro no círio

Autor: José Ramos Tinhorão | Páginas: 160 | ISBN: 978-85-393-0238-3 | Preço: R$ 28,00

Este livro integra o filão temático que o escritor e pesquisador cultural e musical José Ramos Tinhorão inaugurou em 1988, ao publicar, em Lisboa, Os negros em Portugal – Uma presença silenciosa. Aqui, ele amplia o foco da obra inicial – onde procura evidenciar que a colônia não era receptora exclusiva do tráfico negreiro – para captar a influência negra na cultura lusitana, algo que, afirma, os portugueses tentam “esquecer”.

Para isso, amparado em minuciosa pesquisa histórica, Tinhorão esmiúça os rituais católicos desde os primórdios, e explicita a participação dos negros nas procissões de Corpus Christi pelo menos a partir dos anos 1600. Ele demonstra nesta obra que os escravos africanos participavam dessas procissões em Portugal ao lado de outras minorias étnico-religiosas – como judeus, mouros e ciganos –, presentes nas confrarias de trabalhadores dos variados ofícios, as quais eram obrigadas a participar do cortejo oficial.

O dia em que adiaram o Carnaval: política externa e a construção do Brasil 

Autor: Luís Cláudio Villafañe G. Santos | Páginas: 280 | ISBN: 978-85-393-0060-0 | Preço: de R$ 42,00 por R$ 10,00

Tido como o responsável pela consolidação do território brasileiro, o Barão do Rio Branco conquistou em vida a aura de herói nacional. Sua morte, em 1912, levou o governo a declarar luto oficial e a adiar o Carnaval de fevereiro para abril. Esse episódio ímpar, que mistura política externa e festa popular, é o ponto de partida de Luís Cláudio Villafañe G. Santos que, nesta inteligente obra, discorre sobre as complexas relações entre Estado, território e poder político no Brasil.




Festas e calendários

Autora: Alice Itani | Páginas: 109 | ISBN: 85-7139-472-5 | Preço: R$ 32,00

Dedicado a educadores e professores, especialmente os envolvidos com a educação infantil e o ensino fundamental, este livro é uma referência por oferecer material para quem deseja trabalhar o universo das festas, danças e contos. Traz ainda importantes informações, de forma clara e com referencial histórico, para quem deseja compreender melhor as várias manifestações festivas de nosso calendário, como o Carnaval, o Dia do Trabalho e a Páscoa.

Morte e progresso: cultura brasileira como apagamento de rastros 

Organizador: Francisco Foot Hardman | Páginas: 143 | ISBN: 85-7139-196-3 | Preço: R$ 30,00

O difundido retrato da suposta cordialidade brasileira, ilustrada pelos cenários carnavalescos ou pelo futebol, sistematicamente oculta a violência, latente ou explícita, do preconceito, da exclusão e da repressão sociais. A eficiência com que as elites ocultam essa face brutal de nossa sociedade exige um trabalho de rastreamento, de descobrimento de pistas que revelem o autoritarismo subjacente e forneçam uma interpretação mais justa. Os ensaios que compreendem este livro têm por objetivo justamente levar a cabo essa tarefa ao criticar a imagem e auto-imagem da República.

Assessoria de imprensa da Fundação Editora da Unesp