Diversidades e desigualdades presentes nas culturas juvenis e nas suas relações com a sociedade são pouco conhecidas
(Foto: Freepik)
A juventude compreendida como categoria social distinta é uma ideia característica do século XX, principalmente no meio urbano. Em Culturas juvenis: múltiplos olhares, que acaba de ganhar nova tiragem, Afrânio Catani e Renato Gilioli analisam essa fase da vida que adquire caráter cada vez mais autônomo, deixando de ser uma simples etapa ou momento de transição para a vida adulta. Diferentes nuances como acesso à educação, entrada no mercado de trabalho, violência, formação de família e possibilidade de aquisição de bens de consumo são temas de discussão, mostrando como a camada jovem pode influenciar os rumos da sociedade moderna.
Diversidades e desigualdades presentes nas culturas juvenis e nas suas relações com a sociedade são pouco conhecidas. Para além de estereótipos e preconceitos que devem ser deixados de lado, os autores analisam a juventude por diferentes ângulos, não apenas como uma categoria natural e biológica, mas principalmente como uma construção especifica. Dessa forma não existe apenas uma juventude, e sim várias que precisam ser distinguidas por condições sociais e históricas.
Um dos méritos de Culturas juvenis: múltiplos olhares reside justamente nessa tentativa de exemplificar e compreender as variadas expressões da juventude. Pensar como o espaço público se estrutura em relação com as culturas jovens é um dos desafios propostos pela obra. Tema inerente ao mundo moderno, a juventude desperta, de um lado, a preocupação do Estado e de diferentes setores da sociedade, de outro o interesse da indústria cultural.
A obra faz parte da Coleção Paradidáticos, publicada pela Editora Unesp com o objetivo de tornar acessíveis para um amplo público obras sobre ciência e cultura, produzidas por destacados pesquisadores do meio acadêmico brasileiro.