O diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, Jézio Gutierre, subiu duas vezes ao palco para receber os troféus por dois livros premiados, na cerimônia realizada na noite de quinta-feira, 3 de dezembro, no Ibirapuera, em São Paulo.
Um dos principais prêmios literários do País, o Jabuti bateu recorde de inscrição este ano – 2.573 obras disputaram o troféu em 27 categorias. A Editora Unesp conquistou dois: na categoria Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia, com o livro Os pioneiros da habitação social - volume 1 - Cem anos de política pública no Brasil, de Nabil Bonduki; e na categoria Ciências Humanas, com Políticas culturais e povos indígenas, organizado por Pedro de Niemeyer Cesarino e Manuela Carneiro da Cunha.
Confira alguns dos momentos da maior festa do livro e da leitura.
Solenidade foi realizada no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo.
Na abertura do evento, o presidente da Câmara Brasileira do Livro, Luís Antonio Torelli, anunciou que em 2016 a entidade terá um concurso literário voltado a estudantes. Ele também criticou os cortes de verbas e atrasos no pagamento por parte dos governos, que tornaram este ano ainda mais difícil para o mercado editorial.
A curadora Marisa Lajolo destacou as inovações introduzidas no Prêmio em 2015, como a inclusão da categoria Adaptações e reconhecimento de um gênero moderníssimo e polêmico, o livro digital. “Outra inovação significativa do Jabuti ao longo deste ano foi levar a um horizonte mais largo o mundo dos livros e dos autores. Levou autores e livro anteriormente premiados para encontros com leitores, reunidos em bibliotecas, escolas, livrarias, e eventos”, disse.
Lajolo é também autora da Editora Unesp, vencedora do Melhor Livro de Não-Ficção do Jabuti em 2009, com o livro Monteiro Lobato, livro a livro.
Os pioneiros da habitação social, de Nabil Bonduki, uma coedição da Editora Unesp e Edições Sesc, ficou em segundo lugar na categoria Arquitetura, Urbanismo, Artes e Fotografia.
O autor Nabil Bonduki e os editores Jézio Gutierre, da Editora Unesp, e Isabel Alexandre, de Edições Sesc, no momento da entrega dos troféus.
Jézio, Nabil e Isabel com seus “jabutis”.
O Auditório Ibirapuera ficou lotado de autores, ilustradores, editores e amigos do livro.
O livro Políticas culturais e povos indígenas, organizado por Pedro Niemeyer Cesarino e Manuela Carneiro da Cunha, e lançado pelo Selo Cultura Acadêmica, ficou em segundo lugar na categoria Ciências Humanas.
Representando os autores, Jézio Gutierre voltou ao palco para receber os troféus de Ciências Humanas. "Este é um momento muito especial que reitera a importância do projeto editorial da FEU", disse.
Nabil Bonduki é secretário municipal de Cultura de São Paulo, professor da FAU/USP, especialista em planejamento urbano, relator do Plano Diretor e vereador pelo PT. Seu trabalho não é apenas um estudo amplo e profundo de arquitetura, mas também de história e gestão pública, em que estão aprofundadas questões trabalhadas ao longo dos últimos 30 anos, desde a sua tese de doutorado.
Momento de comemoração.
Encontro com amigos e parceiros: à esquerda, professor Aníbal Bragança, atual diretor da Editora da Universidade Federal Fluminense e autor da Editora Unesp. À direita, Rubens Mandelli Nery, secretário da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu).
Crédito das fotos: Bruno L.S.