Em meio a recrudescimento de ataques a jornalistas, Brasil celebra Dia da Imprensa

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terça-feira, 1 de junho de 2021

Dia da Imprensa, uma data significativa para se pensar a liberdade de expressão
(Imagem: montagem de estátua de Hermes, deus grego da Comunicação)

A liberdade de imprensa e a liberdade de expressão têm sido atacadas ao redor do mundo - e no Brasil a situação não é diferente. Sintoma do que alguns pesquisadores chamam de "recessão democrática", o ataque ao trabalho de jornalistas, por exemplo, cresceu 105,77% no ano de 2020, de acordo com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). 

Desta forma, a celebração do Dia da Imprensa, neste 1º de junho, ganha contornos ainda mais desafiadores e chama à reflexão urgente sobre o papel do jornalismo, das empresas jornalísticas e dos próprios profissionais como salvaguarda democrática. 

A data escolhida para comemorar a efeméride alude ao dia em que se iniciou a circulação do jornal Correio Braziliense, fundado por Hipólito José da Costa. Anteriormente - até 1999 - a data era comemorada em 10 de setembro, pois em 1808 neste mesmo dia, ocorreu a primeira circulação do jornal A Gazeta do Rio de Janeiro. A mudança ocorreu após a Lei nº 9.831 reconhecer o Correio Braziliense, produzido em Londres e lançado três meses antes do A Gazeta do Rio de Janeiro, como o originário.

Para celebrar a data e convidar os leitores à reflexão sobre as questões mais candentes que envolvem o tema, a Editora Unesp oferece 25% de desconto em todo o seu catálogo de comunicação até dia 8 de junho. Na Livraria Unesp, também estão disponíveis títulos de outras editoras

Confira abaixo alguns destaques da categoria:

Jornalismo público: Informação, cidadania e televisão
Autor: Danilo Rothberg | Páginas: 224 | De R$ 48 por R$ 36

Jornalismo público não se limita a identificar os fatores que impedem os meios de comunicação de massa de cumprir sua função social, contribuindo para o fortalecimento da democracia nas sociedades contemporâneas. Nesta obra, Danilo Rothberg discute as alternativas possíveis para conectar o jornalismo ao interesse público, bem como para preservar, de fato, o direito à informação, componente central do Estado moderno.

A tinta e o sangue: Narrativas sobre crimes e sociedade na Belle Époque
Autor: Dominique Kalifa | Páginas: 519 | De R$ 99 por R$ 74,25 

Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, o fervor pelos relatos de crimes se tornou um verdadeiro fenômeno social. Enquanto a imprensa escancarava suas colunas para os "faits divers" criminais, os romances policiais e os filmes de detetive passaram a atrair um público cada vez maior, fascinado por um novo imaginário feito de rastros de sangue e pegadas na neve, de indícios e criptogramas misteriosos. Na perspectiva de uma história social do crime, este livro investiga as profundas imbricações entre a atividade da imprensa, especialmente da crônica criminal, e seus efeitos sobre o imaginário de uma época.

Hamlet no Holodeck: O futuro da narrativa no ciberespaço
Autora: Janet H. Murray | Páginas: 282 | De R$ 72 por R$ 54

Com a publicação desta obra, Janet Murray tornou-se uma referência fundamental no campo da narrativa interativa em todo o mundo. A abrangência de seu estudo, que relaciona literatura, cinema, vídeo e linguagens digitais, teve repercussão em diferentes âmbitos de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos, ao alertar para a essência multidisciplinar das novas mídias e apontar para o nascimento de mais uma linguagem expressiva.

Memórias de Sparkenbroke: Fora do tempo
Autor: Clóvis Moura | Páginas: 376 | De R$ 80 por R$ 60

Intelectual marxista conhecido e consagrado por sua vasta obra e importante contribuição aos estudos do negro brasileiro, situando-se nas regiões de fronteira entre história, sociologia e política, Clóvis Moura construiu sua trajetória ao dar sentido político à rebelião escrava e à luta dos negros contra a escravidão e o racismo que perdura e estrutura a sociedade até os dias de hoje. Sempre ligado às polêmicas de seu tempo, acompanhou e apoiou a luta dos comunistas no Brasil, foi perseguido e preso. No entanto pouco se conhece sobre esse escritor polígrafo, cujos trabalhos abarcou diferentes gêneros textuais. Ao lado do pesquisador disciplinado, do intelectual livre e do homem político, convivia o poeta, o desenhista, o ficcionista, o teatrólogo, o boêmio, o escritor, o jornalista e, acima de tudo, o grande contador de histórias. Nos “anos de chumbo”, entre 1972 e 1973, sob o heterônimo “Sparkenbroke”, Moura publicou na coluna diária “Fora do Tempo”, no jornal A Folha de São Carlos, inúmeras crônicas, que versavam sobre os mais diversos temas, das quais este livro traz ao leitor uma expressiva amostra.

Imprensa e cidade
Autoras: Ana Luiza Martins e Tania Regina de Luca | Páginas: 136 | De R$ 30 por R$ 22,50

O livro aborda a trajetória das publicações periódicas brasileiras: o surgimento dos primeiros jornais e revistas, as transformações no processo dfe produção dos impressos e em sua estrutura interna, a distribuição e a natureza das matérias e dos recursos imagéticos disponíveis, a profissionalização e a especialização do jornalista, a segmentação dos periódicos, sua atuação política e social em momentos decisivos da história do país, os interesses de que se fez (e se faz) porta-voz, os desafios impostos pela mundialização e as novas tecnologias.

Cinematographos: Antologia da crítica cinematográfica
Orgs. Donny Correia e Marcelo Tápia | Páginas: 679 | De R$ 104 por R$ 78

Crítica cinematográfica: uma vertente - hoje quase desconhecida - da produção do poeta modernista Guilherme de Almeida (1890-1969) que certamente causa uma grata surpresa ao leitor. Por meio dela, aqui representada por 218 textos, publicados entre 1926 e 1942 no jornal O Estado de S. Paulo, é possível reviver o período de transição entre a "arte do movimento silencioso" e o filme falado, bem como a presença pujante dos cinemas em São Paulo nas primeiras décadas do século XX e sua importância no cotidiano cultural da cidade.

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
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