A Editora Unesp é finalista do Prêmio Jabuti 2016, na categoria Tradução, com os cinco volumes em português da Enciclopédia, ou Dicionário Razoado das Ciências, Artes e Ofícios, dos iluministas Diderot de d'Alembert. Cada volume está com 20% de desconto (clique aqui para conferir). Mas, para quem levar os cinco volumes, o desconto é de 30% (promoção válida até 11 de novembro). Veja aqui.
Pode-se pensar na Enciclopédia, ou Dicionário razoado das ciências, das artes e dos ofícios, publicado pela Editora Unesp, como um objeto de desejo intelectual que enriquece qualquer biblioteca. E o tem sido desde junho de 1751, um best-seller longevo e símbolo do saber. Sendo a base do Iluminismo, também se constitui em fonte de consulta valiosa para compreender como o primado da razão e do progresso associado ao trabalho sucedeu ao domínio religioso e monárquico. Mas este monumento da civilização Ocidental é igualmente um documento moderno, que pode servir de inspiração para discutir as formas de organização do conhecimento na Era da informação digital.
Neste sentido, esta edição em cinco volumes, a mais abrangente versão fora da França, surge justamente quando o pensamento racional é ameaçado por perspectivas dogmáticas que se propagam em um mundo cada vez mais fragmentado. Pois se hoje a comunicação trafega por sistemas digitais interconectados, os enciclopedistas do século XVIII já proponham construir uma grande rede de informações que abarcasse e ligasse todos os campos do conhecimento humano a partir de uma estrutura racional.
Foram traduzidos 298 verbetes, abarcando textos de 37 autores, como Diderot, d’Alembert, Jaucourt, Voltaire, Turgot e Rousseau, em um trabalho de seleção que privilegiou não só a qualidade de argumentação, mas também a literária. E das cerca de 600 imagens primorosamente desenhadas da edição original, nesta estão reproduzidas 173.
Como resultado, os volumes ficam livres de inevitáveis anacronismos, mas oferecem material mais do que suficiente para tornar acessível ao leitor brasileiro a obra que colocou o homem no centro do processo de obtenção do conhecimento, impulsionando a ciência, a filosofia e a razão para os patamares que conhecemos hoje. Se com isso eles forneceram as bases para a reinvenção do Ocidente desde o Iluminismo, podem muito bem fornecer a inspiração para novamente enfrentarmos a tarefa de repensar o mundo.
Sobre a obra
Em junho de 1751, Diderot e d’Alembert apresentavam ao mundo o primeiro volume da Enciclopédia, ou Dicionário razoado das ciências, das artes e dos ofícios. Os últimos de seus 28 volumes saíram em 1772. Nesse ínterim, ocorreram diversas polêmicas, conflitos com nobres e religiosos e censura, já que a obra era uma declaração clara de um espírito independente, que tirava a primazia da teologia para colocar a razão e a ciência em seu lugar e afirmava os valores da burguesia (trabalho, liberdade e progresso) frente à autoridade da monarquia. Enfim, uma grande ameaça à religião e à ordem política do Antigo Regime.
Buscando resumir todo o conhecimento humano disponível até então, o projeto reuniu os principais pensadores franceses da época. A dificuldade, enfrentada por Diderot, além de organizar esse material, foi colocar lado a lado personalidades de temperamentos fortes e muitas vezes que se combatiam entre si, como era o caso de Rousseau e Voltaire.
Na obra original, os verbetes estão arranjados em uma simples ordem alfabética, que foi mantida na edição em português, mas acrescentando uma divisão temática, que se reproduz nos volumes:
Sobre os organizadores
Pedro Paulo Pimenta é graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1994), mestre (1997) e doutor (2002) pela mesma instituição, onde leciona desde 2005. Dedica-se a estudos na área de Filosofia Moderna, com especial ênfase em autores do Século XVIII.
Maria das Graças de Souza possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1971), mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1983) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1990). Livre-docente em 1999, é atualmente professora titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia e Política, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia moderna, iluminismo, renascença, história, política.