Galileu Galilei e a revolução na ciência

Notícia
Notícias
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Galileu diante dos membros do Santo Ofício, por Robert-Fleury Joseph-Nicolas (1797-1890) 

Em 15 de fevereiro de 1564, nascia na cidade de Pisa, Itália, um dos mais respeitados nomes da astronomia, física e matemática: Galileu Galilei, considerado um dos fundadores do método experimental e da ciência moderna. 

Foi ele quem contestou a teoria de Aristóteles de que, quanto mais pesado um corpo, mais rápido ele cai. Por meio de um experimento realizado na inclinada Torre de Pisa, provou que, mesmo com pesos diferentes, ambos podem cair em uma mesma velocidade. Além de inventar importantes instrumentos, como a balança hidrostática e o compasso geométrico, auxiliou também no aperfeiçoamento de outros, como a luneta e o binóculo, que lhe permitiram fazer relevantes descobertas sobre o sistema solar.  A partir dessas observações, defendeu a teoria copernicana de que o Sol era o centro do universo e não a Terra, o que o levou a enfrentar a Inquisição.

Para homenagear as contribuições de Galileu para a ciência, a Editora Unesp oferece 20% de desconto em dois títulos de e sobre o pensador até 21 de fevereiro. Saiba mais abaixo:

Em Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia - 2ª edição (144 páginas, de R$ 36 por R$ 28,80, tradução e organização de Carlos Artur R. do Nascimento), compilação das famosas cartas copérnicas, em que Galileu Galilei discute com representantes da nobreza e clero do século XVII a ideia de que a Terra gira em torno do Sol, o leitor tem a chance de se aprofundar nos pontos principais da argumentação galileana sobre o papel da interpretação religiosa e científica, numa coletânea que antecipa o famoso embate entre o astrônomo e a Inquisição no ano de 1616.

Estes diversos documentos foram produzidos entre 1613 e 1616, entre cartas e comentários enviados pelo próprio Galileu a D. Benedetto Castelli, ao Monsenhor Piero Dini e à Senhora Cristina de Lorena, Grã-duquesa mãe da Toscana. Nos textos, o astrônomo traz suas conclusões científicas, baseadas em estudos empíricos. Ao mesmo tempo, atesta a validade dos ensinamentos bíblicos uma vez que os considera essenciais para a construção moral e religiosa do povo, sem acreditar, entretanto, que devam ser interpretados à luz das ciências da Natureza.

Além das cartas, Ciência e fé traz comentários de Galileu sobre os estudos de Copérnico e de sua teoria heliocêntrica documentados nas três Considerações sobre a opinião copernicana. É graças à sua crença nessa teoria – que comprovou ao estudar as fases do planeta Vênus – que o astrônomo é considerado um herege pela Inquisição pouco tempo depois. Entre os textos reunidos no livro, estão também registros dos pensamentos da Igreja em relação às conclusões do cientista, em carta do Cardeal Roberto Belarmino, então consultor do Papa para assuntos da Inquisição. Há ainda o decreto da Congregação do Índice que proibia a publicação dos estudos de Nicolau Copérnico (1473-1543) sobre a teoria heliocêntrica. 

Já em A reinvenção do espaço: Diálogos em torno da construção do significado de uma categoria (218 páginas, de R$ 52 por R$ 41,60) o geógrafo e cientista social Douglas Santos, discute o conceito de espaço sob diversas perspectivas, concluindo que a especificidade da geografia é justamente localizar fenômenos. Isso não impede, porém, um diálogo com outras ciências, como a física, a biologia, a economia e a sociologia. Leitura essencial para geógrafos, engloba desde o nascimento do espaço métrico até a filosofia de Kant, passando por pensadores do calibre de Maquiavel, Giordano Bruno, Copérnico, Galileu Galilei, Descartes e Newton. 

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp