Gramática desconectada do uso do dia a dia pode causar traumas incuráveis
A gramática como muitas vezes ensinada nas escolas - de forma tradicional e apegada ao mofo das regras sem conexão com a prática do dia a dia - pode provocar ojeriza e traumas difíceis de curar. No entanto, a linguista Maria Helena de Moura Neves se notabilizou por trazer à gramática o oposto dos métodos retrógrados, o que se nota substancialmente em Gramática de usos do português - 2ª edição, que acaba de chegar a sua 7ª reimpressão.
O livro aborda de maneira diversa do que se faz tradicionalmente entre nós, parte da observação dos usos realmente ocorrentes no Brasil, para, refletindo sobre eles, oferecer uma organização que sistematize esses usos. O que as lições fazem, portanto, é organizar numa gramática da língua portuguesa as possibilidades de construção que estão sendo aproveitadas pelos usuários para a obtenção dos efeitos de sentido pretendidos.
Os capítulos se compõem segundo a tradicional divisão em classes de palavras, ponto de partida escolhido porque um leitor comum, sem ser conhecedor do assunto, poderá situar-se na busca, para chegar ao que quer saber. Entretanto, princípios teóricos dirigem o tratamento das questões, o que se revela no agrupamento dessas classes pelas quatro grandes partes da obra, organizadas segundo os processos que dirigem a construção dos enunciados.
Embora uma gramática de usos não seja, em princípio, normativa, em vista de maior utilidade ao consulente comum, normas de uso são invocadas comparativamente, para informar sobre restrições que tradicionalmente se fazem a determinados usos atestados e vivos.
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