Em 30 de abril, o Guia de Livros, do jornal Folha de S.Paulo resenhou o livro Cinematographos: Antologia da crítica cinematográfica, de Guilherme de Almeida.
A obra reúne 218 textos sobre cinema, publicados pelo grande poeta modernista no jornal O Estado de S. Paulo, no período de 1926 a 1942, organizados por Donny Correia e Marcelo Tápia. Entre crônicas e críticas, disseca a força sedutora da arte cinematográfica, que pode se manifestar tanto no humor satírico de Tempos Modernos quanto no movimento silencioso de O Encouraçado Potemkin.
Confira abaixo a resenha ou clique aqui e acesse o link original:
Esta bem cuidada antologia das crônicas e/ou críticas cinematográficas (à época, eram gêneros textuais que tendiam à indiferenciação) escritas pelo poeta modernista Guilherme de Almeida na coluna de mesmo nome que manteve no jornal "O Estado de S. Paulo", entre 1926 e 1942, revela-se importantíssima para o entendimento de momento privilegiado da vida cultural paulistana, quando a cidade ensaiava seu salto para metrópole moderna. "Cinematographos" é também o justo nome dado à sala de cinema dedicada ao cineclubismo, inaugurada em janeiro último, anexa à Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo.
São textos de leitura deliciosa – dada a verve e o estilo (entre o refinamento das citações e o tom coloquial) do cronista– e que percorrem ampla gama de temas ligados ao cinema: de sua legitimidade como arte aos hábitos culturais que despertou, da análise estruturada de filmes americanos e europeus aqui lançados às qualidades e problemas que detectava na incipiente, ainda que promissora, cinematografia nacional. (Texto de Roberto Alves)